O que este conteúdo fez por você?
- "Credit crunches" ocorrem quando os bancos temem não receber os valores de empréstimos cedidos
- Empresas são impactadas por não conseguirem arcar com suas obrigações
- Para especialistas, não há um "credit crunch' acontecendo no Brasil atualmente
O termo em inglês “credit crunch” serve para designar crises graves no mercado de crédito. Esse fenômeno ocorre quando credores (instituições financeiras) passam a diminuir a liberação de empréstimos ou dificultar a sua aquisição. Entenda como a crise de crédito impacta o mercado.
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Esse tipo de crise é fruto do temor dos bancos. Segundo o CEO do Fundo de Investimentos Sparta, Ulisses Nehmi, um “credit crunch” é basicamente uma crise de confiança, quando as empresas que fornecem crédito não tem certeza sobre o futuro daquelas que estão buscando por esses valores.
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Os “credit crunches” podem ser causados por diversos fatores, como crises políticas ou econômicas, que levam a uma variação nas taxas de juros. “Toda vez que acontece algum fenômeno, o aumento da taxa de juros, em geral, é o último da fila. Tem vários que fazem chegar até ela”, explica o Sócio da BRZ Investimentos, Jaime Rangel.
Uma vez que empresas se mantém tanto com recursos próprios quanto recursos de terceiros, como o crédito, a diminuição das possibilidades em conseguir esse capital podem gerar dificuldades financeiras e até falências. Nesses cenários, rolagens de dívidas, renovações e novos empréstimos tem condições piores: maiores juros e menores prazos.
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Segundo Rangel, negócios que dependem mais de alavancagem — utilização de empréstimos para fazer seu ciclo operacional e financeiro — são mais expostos nesse tipo de crise, já que encontram dificuldades em tomar e pagar créditos em um cenário de crise.
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Já os efeitos de um “credit crunch” são sistêmicos: empresas encontram maior dificuldade em assumir créditos, deixam de pagar fornecedores e precisam fazer demissões, por exemplo. E isso acaba impactando toda a economia. Nesse cenário, pode ocorrer perda de renda e desemprego, reflexos mais sentidos pelas pessoas físicas.
Na avaliação do especialista, o Brasil não está enfrentando um “credit crunch” no momento. Segundo ele, apesar de uma alta taxa de juros, o cenário atual não corresponde à definição desse tipo de crise na concessão de créditos.