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FMI defende que inflação deve ser foco de política monetária dos BCs

Segundo a instituição, mesmo apresentando algum declínio, os preços das commodities continuam historicamente altos

FMI defende que inflação deve ser foco de política monetária dos BCs
Prédio do FMI - Foto: Yuri Gripas/Reuters

O aumento nos preços de commodities de energia e alimentos desde o início da pandemia trouxe volatilidade ao mercado – ampliando oscilação da inflação e reduzindo o crescimento da economia em diversos países – e seus efeitos podem permanecer nos próximos anos. A análise foi realizada em um relatório do Fundo Monetário Internacional (FMI), preparado para o G20 e divulgado na terça-feira (28)

Segundo a instituição, mesmo apresentando algum declínio, os preços das commodities continuam historicamente altos. Além disso, riscos de novos gargalos ainda existem, intensificados pelo crescimento da fragmentação geoeconômica e pela crise climática.

O FMI avalia que a volatilidade nesses mercados pode pesar especialmente sobre países exportadores, cujas finanças serão impactadas, afetando o investimento público. As flutuações nos preços de commodities também adicionariam flutuações na inflação doméstica a médio prazo, aponta o relatório.

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Para lidar com os desafios impostos pela volatilidade, a política monetária deve continuar concentrada em reduzir a inflação, analisa o FMI. “Não apertar o suficiente, ou reduzir o curso muito cedo, aumenta o risco de ajustes mais custosos no futuro caso a inflação não diminua de forma sustentada. Ao mesmo tempo, bancos centrais devem estar prontos para agir caso surjam estresses financeiros devido aos juros elevados”, alerta.

O relatório ainda destaca que a política fiscal deve se tornar gradualmente restritiva, por exemplo, eliminando ou substituindo medidas direcionadas para apoiar famílias vulneráveis impactadas por preços elevados das commodities.

“Estas ações ajudariam a evitar distorções que impediriam ou retardariam os ajustes aos preços mais altos da energia. Além disso, preservariam os incentivos para o desenvolvimento de fontes alternativas de energia verde e apoiariam a sustentabilidade fiscal”, avalia o FMI.

A instituição também argumenta a necessidade de esforços multilaterais para endereçar insegurança energética e alimentar, considerando de importância “vital” manter canais abertos no comércio internacional.

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