Os contratos futuros mais líquidos do petróleo fecharam em alta, impulsionados pelo dólar fraco no exterior e à medida que investidores monitoram sinais de demanda global, após o anúncio de cortes de produção pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) no começo do mês. O movimento se dá apesar da piora nas projeções de crescimento global neste ano pelo Fundo Monetário Internacional (FMI).
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Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para maio avançou 2,24% (US$ 1,79), a US$ 81,53 o barril, enquanto o Brent para junho, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), subiu 1,70% (US$ 1,43), a US$ 85,61 o barril.
Segundo o TD Securities, o mercado de petróleo continua em alta sustentada pelos cortes de produção da Opep+ e uma perspectiva de demanda otimista no final deste ano.
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Hoje, o Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês) dos Estados Unidos elevou sua projeção para o preço do barril do petróleo Brent neste ano, de US$ 83 a US$ 85. O órgão espera que, após o corte da Opep+, a produção global de combustíveis líquidos em 2023 compense os cortes e pela primeira vez exceda 101 milhões de barris por dia.
As projeções contrastam com a perspectiva do FMI, que baixou sua previsão de crescimento da economia global em 2023 de 2,9% para 2,8% e alertou para o risco de recessão na Alemanha e no Reino Unido, além dos possíveis efeitos das recentes turbulências bancárias.
Em paralelo, fontes revelaram ao Wall Street Journal que a Exxon Mobil teve conversas preliminares sobre uma possível compra da Pioneer Natural Resources, empresa de petróleo do Texas no setor de xisto. A notícia sobre a negociação sinaliza a possibilidade de uma onda de aquisições e fusões semelhantes, indicando que perfuradores no campo de petróleo Permiano, nos EUA, podem crescer por meio de aquisições.
O ANZ Research aponta que as negociações de petróleo nesta semana devem ser guiadas pelos relatórios mensais de perspectivas da Agência Internacional de Energia (AIE) e da Opep, com investidores atentos a qualquer revisão para baixo nas estimativas de demanda.
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