O petróleo fechou em queda, devolvendo parte dos ganhos após avançar por duas sessões consecutivas. Investidores ponderam sobre perspectivas da economia global e demanda da commodity, enquanto também avaliavam o relatório mensal da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep).
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Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para maio recuou 1,32% (US$ 1,10), a US$ 82,16 por barril, enquanto o Brent para junho, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), caiu 1,42% (US$ 1,24), a US$ 86,09 o barril.
O relatório da Opep, divulgado na quinta-feira (13), levantou preocupações sobre como o aperto da política monetária nos Estados Unidos poderia afetar a demanda pela commodity no verão americano. Segundo o DailyFX, o período normalmente implica em aumento na demanda e dos preços. Caso o aperto reduza o consumo, os preços do petróleo poderiam cair durante os próximos meses, avalia o portal.
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No entanto, a Opep não alterou suas projeções de demanda e oferta globais da commodity, apesar de destacar os riscos no horizonte. Logo após a publicação do relatório, os contratos tiveram leve redução das perdas, com impulso limitado. Para a Capital Economics, a decisão de cortar a produção deve elevar os preços da commodity ao longo do ano.
Em relatório, a Capital também analisa que os preços do petróleo e do mercado de ações devem permanecer “descolados” durante algum tempo, contrariando a tendência histórica de correlação entre ambos. A consultoria aponta que a demanda e a atividade fraca nos Estados Unidos e nas economias desenvolvidas, na contramão de uma recuperação forte da China, devem afetar desproporcionalmente os mercados acionários e de energia. “Projetamos que as ações terão dificuldades nos próximos meses e que os preços do petróleo terminarão este ano um pouco mais elevados do que estão agora”, prevê a Capital.
Mais cedo, o petróleo chegou a operar em alta marginal, próximo à estabilidade, na esteira da balança comercial da China, que registrou o dobro do superávit esperado pelo mercado. O ANZ destaca que as importações de petróleo aumentaram para 52,3 milhões de toneladas, o nível mais alto desde junho de 2020. A alta foi suportada pelos preços baixos e descontos no petróleo russo, indica o banco.
De acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI), a economia da China deve crescer 5,2% neste ano, impulsionada pelo consumo doméstico. Além disso, o gigante asiático deve influenciar o desempenho de países da região Ásia-Pacífico, que, juntos, devem representar 70% do crescimento global em 2023.
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