

O Ibovespa subiu 5,41% na semana, passando de 100.821,73 pontos para 106.279,37. É a maior alta semanal de 2023. O período foi marcado pela melhora do otimismo do mercado diante da divulgação de dados que indicam controle da inflação, além de maior receptividade às regras do arcabouço fiscal.
Na terça-feira (11) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou o IPCA de março, que registrou desaceleração para 0,71%, ante 0,84% em fevereiro, ficando abaixo da mediana das estimativas de 0,77%. Com isso, houve impacto nos juros futuros, favorecendo a Bolsa.
- Leia aqui sobre as maiores altas do Ibovespa na semana.
- Leia aqui sobre as maiores altas do Ibovespa hoje.
“Os investidores esperam que uma recente melhora no ambiente macroeconômico possa ajudar a abrir espaço para a queda dos juros antes do que o mercado vinha projetando”, observa Luiz Felipe Bazzo, CEO do transferbank. Agora a expectativa é de que um reajuste para baixo possa vir antes do quarto trimestre.
Outro fator que animou os investidores veio de novidades sobre o arcabouço fiscal. Durante a semana, o mercado repercutiu a informação de que a proposta deve ter um limite de bônus para investimentos adicionais e mecanismos para impedir a mudança de metas.
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Com a soma de informações que tranquilizaram os investidores, o Ibovespa teve, na terça (11), a maior valorização diária desde 3 de outubro do ano passado, fechando em alta de 4,29%.
A queda do dólar durante a semana trouxe impacto negativo para as ações de frigoríficos, que desabaram em bloco a partir de quarta-feira (12). A avaliação de analistas é de que a baixa reflete temor de perda de competitividade das empresas em razão do fortalecimento do real frente ao dólar.
Em Nova York, o S&P 500, Dow Jones e Nasdaq subiram 0,79%, 1,20% e 0,29%, respectivamente. O dólar e o euro caíram 2,83% e 2,17% frente ao real na semana, atingindo os R$ 4,92 e R$ 5,41, respectivamente.
As três ações que mais desvalorizaram na semana foram: Minerva (BEEF3), Marfrig (MRFG3) e Assaí (ASAI3).
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Confira o que influenciou o desempenho dos ativos:
Minerva (BEEF3): -6,52%, R$ 9,46
As ações da Minerva (BEEF3) registraram a maior perda da semana, liderando as desvalorizações dos frigoríficos por consequência da queda do dólar.
A BEEF3 está em baixa de 10,25% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 27,01%.
Marfrig (MRFG3): -4,29%, R$ 6,03
Os papéis da Marfrig (MRFG3) encerraram com a segunda maior perda da semana, sentindo os impactos para todo o setor frigorífico.
A MRFG3 está em baixa de 9,19% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 30,69%.
Assaí (ASAI3): -3,01%, R$ 13,22
Terceira maior baixa da semana, os papéis da Assaí (ASAI3) acumularam queda de 3,01%, aos R$ 13,22.
A ASAI3 está em baixa de 14,93% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 32,1%.
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