O contrato futuro mais líquido do ouro fechou em alta na quarta-feira (03), operando durante todo o pregão acima da marca de US$ 2 mil por onça-troy, favorecido pela busca por segurança em meio a novas preocupações no setor bancário dos EUA. Ainda, o metal foi apoiado pela queda dos juros dos Treasuries e pela fraqueza do dólar ante rivais, enquanto investidores aguardavam a divulgação da política monetária do Federal Reserve (Fed) logo mais.
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Na Comex, divisão para metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro com entrega prevista para junho fechou em alta de 0,68%, a US$ 2.037 por onça-troy.
Olhando para a turbulência de bancos regionais dos EUA, o analista Craig Erlam, da Oanda, destaca a possibilidade de mais perturbações. “Em outras palavras, os investidores esperam uma rápida reviravolta do BC americano à luz do que vimos no setor bancário dos EUA nos últimos meses e os movimentos de ontem solidificaram ainda mais essa visão”.
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Já em relação à decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed) desta tarde, Erlam afirma que uma atitude mais branda pelo BC americano, “seja na forma de uma pausa surpresa ou uma sugestão de cortes nas taxas neste ano, talvez até uma mudança neutra, poderia apoiar ainda mais o ouro e talvez até desencadear uma corrida a recordes que agora não estão tão longe”.
O Commerzbank também destaca a divulgação da decisão de juros do Fed hoje, não tanto pela decisão em si, visto que o aumento de 25 pontos-base presumivelmente já está totalmente precificado, mas pelas “perspectivas para as taxas de juros”. Segundo o banco alemão, as expectativas de pausa no ciclo de aperto após essa decisão podem ser prematuras, tendo em vista a inflação “persistente”.
“Tudo isso aponta para uma correção para cima das expectativas de taxa de juros e, portanto, para um preço do ouro mais fraco”, indica. Entretanto, o Commerzbank também alerta para a possibilidade de o Fed não ser capaz de convencer o mercado de sua postura agressiva, o que poderia, na verdade, valorizar o metal precioso.