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- O setor começa a dar sinais de recuperação, com a valorização de 17 das 23 ações listadas no acumulado de 30 dias
- No entanto, não há consenso sobre quais ações são as melhores opções de investimento no setor
- Analistas afirmam que o futuro do setor depende da junção entre fatores macroeconômicos, como a taxa de juros e a correção do FGTS, e o desempenho individual das empresas
A setor de construção civil, um dos mais impactados pelos juros elevados, começa a dar indícios de recuperação. No acumulado de 30 dias até o início do pregão desta sexta-feira (12), 19 das 23 ações listadas registravam valorização.
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Apesar disso, com instabilidades que ainda rondam o setor, não há consenso sobre papéis de destaques, com teses pulverizadas entre diferentes opções. Mostramos nesta matéria as avaliações sobre os desempenhos recentes e perspectivas gerais para o setor.
No levantamento feito pelo E-Investidor com nove instituições financeira, uma mesma ação apareceu no máximo duas vezes entre as recomendações. As teses variam de acordo com o perfil do investidor e por isso há mais de um papel preferido.
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Avaliações
A Ágora tem preferência plea Direcional (DIRR3) e Cury (CURY3), mas com destaque para Cyrela (CYRE3) pela maior liquidez. As escolhas são guiadas pela expectativa de que a população de baixa renda reaja de forma mais consciente mesmo com os juros em patamar elevado. “Essas empresas estão expostas à baixa renda”, afirma Wellington Lourenço, analista da Ágora.
Luís Moran, head da EQI Research, explica que a casa tem preferência pelas construtoras populares e destaca DIRR3, CURY3 e Plano & Plano (PLPL3), com prioridade para DIRR3. “ Essas empresas tiveram boas vendas e margens nos últimos trimestres e estão bem posicionadas para se beneficiar do crescimento de programas habitacionais federais estaduais ou municipais”, diz.
“No grupo de média e alta renda, a dinâmica de curto e médio prazos ainda são ruins. Temos uma manutenção de taxas de juros imobiliárias em patamares elevados (>10% a.a.). Vemos uma pressão para oferecimento de descontos ou condições especiais de venda de forma a diminuir os estoques das construtoras”, afirma Luis Assis, analista de real state da Genial Investimentos
A Nova Futura destaca preferência pela CYRE3. “É a companhia que mostrou maior resiliência no período mais recente, que foi bastante adverso para o setor por conta da elevação nas taxas de juros, e agora mostra força na recuperação”, diz a casa, que pondera: “Ainda recomendamos cautela para o investidor por conta da volatilidade do setor”.
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Para Vitorio Galindo, analista de investimentos CNPI e head de análise fundamentalista da Quantzed, o futuro depende de uma junção entre o macro e o micro das empresas. “Do ponto de vista macro segue a questão da taxa de juros e correção do FGTS. Precisamos entender o quanto essas questões vão impactar a demanda”, observa.