Os juros dos Treasuries avançaram nesta quinta-feira, em meio a redução nas apostas por relaxamento monetário nos Estados Unidos, após dado de auxílio-desemprego sugerir resiliência do mercado de trabalho e corroborar o discurso de dirigentes do Federal Reserve (Fed) de que o combate à inflação ainda não acabou.
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A expectativa de resolução do impasse do teto da dívida também contribuiu para o movimento.
No final da tarde em Nova York, o retorno da T-note de 2 anos subia a 4,266%, o da T-note de 10 anos aumentava a 3,650% e o do T-bond de 30 anos marcava alta a 3,908%.
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Pela manhã, o Departamento do Trabalho informou que os pedidos de auxílio-desemprego nos EUA caíram 22 mil na semana passada, a 242 mil, em uma queda mais forte que o esperado. Embora os números estejam distorcidos por um caso de fraude no Massachusetts, o dado sugere que o mercado de trabalho permanece relativamente apertado, na visão da Oxford Economics.
“Embora esperemos que o Fed deixe os juros estáveis em sua reunião de junho, uma retomada dos aumentos das taxas não pode ser descartada se as condições do mercado de trabalho não relaxarem de forma mais significativa”, avalia a consultoria britânica.
O cenário sustenta a mensagem de integrantes do BC americano que buscaram conter expectativas por afrouxamento monetário este ano. A presidente da distrital do Fed em Dallas, Lorie Logan, disse hoje que os dados recentes não justificam uma pausa no aperto em junho. Já o líder da regional de St. Louis, James Bullard, indicou que pode apoiar nova alta nos juros no mês que vem.
As declarações ajudaram a impulsionar os retornos dos títulos públicos, em um movimento acelerado pela melhora do ambiente de risco, diante de avanços nas negociações pelo teto da dívida. O presidente da Câmara dos Representantes dos EUA, Kevin McCarthy, sinalizou que uma legislação para elevar o limite pode ser submetido à votação no plenário da Casa já na semana que vem.
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