Os rendimentos dos Treasuries voltaram a subir hoje, em uma sessão com grande atenção às discussões sobre o teto da dívida dos Estados Unidos, que seguem em um impasse entre republicanos e o governo democrata. Além disso, o dia contou com sinalizações sobre os próximos passos da política do Federal Reserve (Fed). A ata do último encontro da autoridade mostrou que parte dos dirigentes não descarta novas altas de juros, enquanto um corte nas taxas em 2023 não é visto como provável.
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No fim desta tarde, o retorno da T-note de 2 anos subia a 4,377%, o da T-note de 10 anos avançava a 3,733% e o do T-bond de 30 anos tinha alta a 3,977%.
O presidente da Câmara, Kevin McCarthy, não deu a Wall Street nenhum otimismo de que um acordo está próximo. O congressista disse que há vários lugares em que ainda está distante nas negociações da dívida, e que eles ainda há diferenças sobre os gastos. “Todo mundo já viu esse filme antes e agora estamos finalmente começando a ver algum estresse no mercado, já que as negociações sobre o teto da dívida permanecem em um impasse. Os títulos do Tesouro de curto prazo estão em foco”, afirma Edward Moya, analista da Oanda.
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Quanto ao Fed, o mercado ampliou a aposta majoritária por manutenção dos juros em junho após a divulgação da ata referente à mais recente reunião de política monetária do banco central americano. A conclusão é resultado de análise da plataforma de monitoramento do CME Group. Depois da publicação, a ferramenta indicava 74% de probabilidade de que a taxa básica siga entre 5,00% e 5,25% no mês que vem. Minutos antes da ata, essa possibilidade era de 67%
Já o dirigente do Fed Christopher Waller afirmou hoje que os dados que chegaram desde a última reunião não ofereceram evidências claras de qual deve ser a decisão da autoridade no encontro de junho. Em evento, o diretor avaliou que a inflação sugere um novo aumento de juros, mas ponderou, lembrando que outra alta combinada com um aperto abrupto e inesperado das condições de crédito podem empurrar a economia para baixo de forma rápida e indesejável. “Se alguém estiver suficientemente preocupado com esse risco negativo, uma gestão prudente sugeriria pular uma alta na reunião de junho, mas inclinar-se para uma alta em julho com base nos dados de inflação recebidos”, afirmou.