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- Na contramão da inflação, que desacelerou para 0,23% em maio, produtos típicos de festa junina subiram cerca de 11,41%
- Segundo uma pesquisa da FGV, o campeão da lista é o fubá de milho, registrando uma inflação de 42,48% nos últimos 12 meses
Uma das épocas do ano mais queridas entre os brasileiros chegou: a das festas juninas. Contudo, em 2023, a comemoração perde um pouco do prestígio por conta do aumento nos preços. Sim, a inflação chegou até para os produtos típicos dos arraiás.
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A reportagem do Bora investir, portal de notícias do mercado financeiro parceiro do Estadão, mostrou que nos últimos 12 meses, o aumento médio dos produtos que compõem a cesta das festas juninas foi de 11,41%.
Os dados, do levantamento do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV-IBRE), mostram um resultado bem acima da inflação ao consumidor no mesmo período (3,75%), medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S), medido pela mesma organização.
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Ao todo, 27 produtos foram mapeados. O campeão da lista é o fubá de milho, que avançou 42,48%. Na sequência aparece a farinha de mandioca, com uma inflação de 38,75%. Em terceiro na lista ficou o milho em conserva, que subiu 34,59%. Por outro lado, afetados pela deflação, o açúcar refinado aparece com uma queda de 2,16% no mesmo período, enquanto a batata-inglesa caiu 18,93%.
Inflação de produtos típicos destoa
Ao Bora Investir, o economista da FGV IBRE, Matheus Peçanha, explicou que na contramão da inflação, que desacelerou para 0,23% em maio, 70% dos itens juninos tiveram avanços nos preços.
“Apesar das commodities agrícolas estarem em queda, alguns problemas sazonais em culturas específicas estão atrasando essa redução nos preços, como é o caso do milho e do leite, que iniciam sua entressafra agora no inverno”, disse.
Contudo, ainda segundo o especialista, esse efeito deve ser temporário, já que as perspectivas para 2023 são de recuo da inflação.