• Logo Estadão
  • Últimas notícias
  • opinião
  • política
  • economia
  • Estadão Verifica
Assine estadão Cavalo
entrar Avatar
Logo Estadão
Assine
  • Últimas notícias
  • opinião
  • política
  • economia
  • Estadão Verifica
Logo E-Investidor
  • Últimas Notícias
  • Direto da Faria Lima
  • Mercado
  • Investimentos
  • Educação Financeira
  • Criptomoedas
  • Comportamento
  • Análises Ágora
Logo E-Investidor
  • Últimas Notícias
  • Mercado
  • Investimentos
  • Direto da Faria Lima
  • Negócios
  • Educação Financeira
  • Criptomoedas
  • Comportamento
  • Análises Ágora
  • Newsletter
  • Guias Gratuitos
  • Colunistas
  • Vídeos
  • Áudios
  • Estadão

Publicidade

Investimentos

The Economist: Empresas de tecnologia entram para a realeza dos dividendos

Microsoft pode tomar a coroa da Shell como a companhia mais pródiga nessa forma de distribuição de lucros

Por E-Investidor

14/08/2020 | 22:47 Atualização: 19/10/2020 | 7:32

(Foto: Ritchie B. Tongo/EFE)
(Foto: Ritchie B. Tongo/EFE)

(The Economist) – No mundo agressivo dos negócios, os dividendos pagos pelas empresas aos acionistas costumam ser vistos como um assunto sem sal. Ao contrário dos preços das ações, os dividendos não fazem o coração bater mais rápido. Reza a teoria das finanças corporativas que eles são praticamente irrelevantes para avaliar o valor da companhia e a riqueza gerada para os donos dos papéis – assim como sacar dinheiro num caixa eletrônico não torna ninguém um milionário.

Leia mais:
  • As 45 ações que pagaram dividendos acima da Selic em 2020
  • As empresas que pagaram mais dividendos na crise da covid-19
Newsletter

Não perca as nossas newsletters!

Selecione a(s) news(s) que deseja receber:

Estou de acordo com a Política de Privacidade do Estadão, com a Política de Privacidade da Ágora e com os Termos de Uso.

CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE

Alguns contadores resmungam que dividendos podem até aumentar a mordida do imposto de renda. E os céticos dão de ombros: para eles, esses pagamentos não passam de um cala-boca para que os acionistas não encham a paciência. Ao longo das últimas décadas, os dividendos distribuídos por empresas americanas têm ficado à sombra da prática bem mais polêmica de recompra de ações.

Mas para os historiadores dos negócios, esse lucro pago pelas companhias tem uma história dramática e novelesca. O berço espiritual dos dividendos é a Europa, onde eles surgiram para dividir o butim do monopólio marítimo de holandeses e britânicos no século 17. Nos dois lados do Atlântico, a prática foi acelerada pelo avanço vertiginoso das ferrovias no século 19 – com frequência através de esquemas nefastos, que criavam um fluxo de pagamentos para ludibriar investidores inexperientes e ingênuos.

Publicidade

Invista em oportunidades que combinam com seus objetivos. Faça seu cadastro na Ágora Investimentos

Nos frenéticos anos 20, dividendos generosos alimentaram a quebra da bolsa em 1929. Depois da Depressão, porém, eles passaram a ser considerados a melhor maneira de restaurar a fé dos investidores. Do ponto de vista psicológico, trata-se de um mecanismo curioso. A promessa de dinheiro na mão cria um elo entre gestores corporativos e investidores, que muitos consideram mais confiável do que os demonstrativos financeiros. Um inofensivo cheque de dividendos pode conter informações extremamente interessantes – e com frequência ignoradas.

Durante a pandemia, as histórias narradas por esse método de distribuição de lucros – à medida que os pagamentos chegavam (ou não) à conta dos acionistas – serviram para aumentar a angústia de investidores quarentenados. Sobretudo na Europa, o surto de corte nos dividendos mostrou que muitas empresas de sangue azul estavam mal das pernas.

A Royal Dutch Shell e a BP, dois gigantes petrolíferos do continente, ficaram de joelhos diante do inevitável colapso nos preços do barril e esquartejaram seus dividendos. Além disso, seguradoras e bancos europeus – esteios de tantos fundos de pensão sedentos por receita – suspenderam a distribuição de pagamentos diante da pressão das autoridades reguladoras do mercado. O recado é inequívoco: o mundo corporativo europeu é frágil, e está em declínio.

Nos Estados Unidos o cenário é outro. Lá, as empresas tendem a preferir a recompra de ações. Um exemplo: em 2019, as maiores empresas americanas distribuíram em média 41% de lucros na forma de dividendos, quando na Europa essa fatia foi de 66%. Já a recompra de ações foi de 59% nos Estados Unidos e de 23% na Europa.

Publicidade

Um motivo para a preferência dos americanos é que, do ponto de vista fiscal, a recompra de ações é um jeito mais eficiente de devolver dinheiro aos investidores, quando comparado aos dividendos. Por isso, muitos críticos afirmam que a voracidade de recompras nos Estados Unidos beira a irracionalidade. Mas o ano de 2020 demonstrou a grande vantagem desse tipo de pagamento: ele é mais flexível. Diante da desaceleração econômica, grandes companhias reduziram o ritmo de recompras para proteger seus recursos.

E o que aconteceu com os dividendos americanos nesse mesmo período? À semelhança da Europa, antes da pandemia os chamados “aristocratas dos dividendos” – aqueles que contribuíram para aumentar dividendos por vários anos consecutivos – viviam além de suas posses e empanturravam os acionistas com pagamentos superiores aos próprios lucros.

Essa família de empresas inclui ExxonMobil e a AT&T. O risco é que seus chefes enxerguem nos cortes de dividendos uma porta para o suicídio profissional, e acabem prejudicando o balanço das companhias numa tentativa de driblar essa medida. Foi mais ou menos isso o que fez a GE nos anos finais da gestão de Jeff Immelt, que deixou a gigante em 2017.

No entanto, de maneira geral os dividendos americanos têm pintando um retrato de resiliência do mercado corporativo. De acordo com a empresa de investimentos Janus Henderson, houve um aumento nesses valores na América do Norte (incluindo Canadá) no segundo trimestre de 2020, em relação ao mesmo período de 2019.

Publicidade

A maioria das grandes instituições financeiras conseguiu manter a distribuição, mesmo diante da insistência das autoridades reguladoras para que elas tenham reservas e se protejam de uma possível onda de inadimplência (a exceção é o Wells Fargo).

A tendência se encaixa no padrão de longo prazo que mostra a força americana: entre 2013 e 2019, o valor dos dividendos das grandes empresas subiu de US$ 342 bilhões para US$ 535 bilhões, num crescimento três vezes mais rápido que o registrado na Europa.

Esse aumento reflete a crescente generosidade de um grupo de companhias americanas que até recentemente desprezava os dividendos com o mesmo desdém que reserva a ternos e gravatas: as empresas de tecnologia.

Na terra da recompra, por mais estranho que pareça, as chamadas Big Tech estão galgando degraus nas fileiras da realeza mundial dos dividendos, graças a fluxos de caixa pródigos e em rápida ascensão. Desde 2016, mesmo com distribuições baixas quando comparadas ao lucro, Apple e Microsoft têm se mantido entre as cinco maiores pagadoras globais de dividendos em termos absolutos – ao lado de Shell, da rival americana ExxonMobil e da AT&T.

Publicidade

Agora, a pandemia pode transformar em realidade uma situação até pouco tempo impensável: a Microsoft tem grandes chances de tomar a coroa da Shell como maior distribuidora de dividendos do mundo entre as empresas negociadas em bolsa (exceto pela Saudi Aramco, colosso petrolífero estatal do reino do Golfo Pérsico).

Quando a onda de coronavírus baixar, a movimentação de recompra de ações deve voltar a ganhar fôlego nos Estados Unidos. Mesmo assim, o aumento nos dividendos pode prosseguir. E talvez os grandes pagadores passem a desembolsar ainda mais: os US$ 15 bilhões de dividendos da Microsoft para o ano fiscal que terminou em junho não chegam nem a um terço dos US$ 44 bilhões de lucro líquido da empresa.

Mesmo depois de uma recompra de US$ 23 bilhões ainda havia dinheiro sobrando. Na Apple, a situação é igualmente invejável.

Da miséria à monarquia

Outras empresas americanas abastadas podem entrar para as fileiras da elite dos dividendos, se assim desejarem. Entre elas estão outras Big Techs como Alphabet, Amazon e Facebook, além da Berkshire Hathaway – o titã de Warren Buffett. Nenhuma delas paga dividendos.

No admirável mundo novo de taxas de juro próximas de zero, a promessa de pagamentos regulares desse tipo (mesmo que relativamente baixos) é cada vez mais atraente para os investidores, que podem pressionar gestores sovinas a aumentar os valores distribuídos.

Publicidade

As empresas de tecnologia temem que a estratégia as deixe com cara de velhas. Microsoft e Apple já demonstraram que distribuir dividendos não é contrário a suas ambições corporativas – pelo menos não quando se ganha um dinheirão, coisa que Alphabet, Amazon e Facebook têm de sobra.

Diante do desespero dos investidores por retorno, cedo ou tarde essas marcas podem se ver diante de uma exigência inexorável para se juntarem à realeza dos dividendos. Que seu reinado seja longo.

(Tradução: Beatriz Velloso)

Publicidade

Encontrou algum erro? Entre em contato

Compartilhe:
  • Link copiado
O que este conteúdo fez por você?

Informe seu e-mail

Tudo Sobre
  • Dividendos
  • Microsoft (MSFT34)
  • Reino Unido
  • Warren Buffett
Cotações
09/12/2025 7h16 (delay 15min)
Câmbio
09/12/2025 7h16 (delay 15min)

Publicidade

Mais lidas

  • 1

    Por que Warren Buffett parou de presentear sua família com US$ 10 mil em dinheiro vivo no Natal?

  • 2

    Quando começar a investir para a aposentadoria? Especialistas mostram como construir renda para viver bem após os 60

  • 3

    Ibovespa hoje fecha em alta com efeito “Flávio Bolsonaro 2026” e ‘Super Quarta’ no radar

  • 4

    B3 lança aplicativo com gráficos, extratos e notícias personalizadas para o investidor

  • 5

    Veja os fundos imobiliários que mais ganharam e mais perderam em 2025

Publicidade

Webstories

Veja mais
Imagem principal sobre o Gás do Povo: quantas famílias serão atendidas na primeira etapa?
Logo E-Investidor
Gás do Povo: quantas famílias serão atendidas na primeira etapa?
Imagem principal sobre o Metrô de SP: quantas viagens podem ser feitas com cartão de crédito?
Logo E-Investidor
Metrô de SP: quantas viagens podem ser feitas com cartão de crédito?
Imagem principal sobre o Resultado da Quina: HORÁRIO ALTERADO HOJE (08); saiba que horas será o sorteio
Logo E-Investidor
Resultado da Quina: HORÁRIO ALTERADO HOJE (08); saiba que horas será o sorteio
Imagem principal sobre o Feriados 2026: veja os dias e se podem emendar
Logo E-Investidor
Feriados 2026: veja os dias e se podem emendar
Imagem principal sobre o Mega da Virada 2025: veja os números mais sorteados da história
Logo E-Investidor
Mega da Virada 2025: veja os números mais sorteados da história
Imagem principal sobre o Mega da Virada 2025: até que horas apostar nos R$ 850 milhões?
Logo E-Investidor
Mega da Virada 2025: até que horas apostar nos R$ 850 milhões?
Imagem principal sobre o Netflix: quanto custou acordo para adquirir a Warner?
Logo E-Investidor
Netflix: quanto custou acordo para adquirir a Warner?
Imagem principal sobre o Linhas de metrô de SP passam a aceitar cartão de crédito como pagamento; veja quais
Logo E-Investidor
Linhas de metrô de SP passam a aceitar cartão de crédito como pagamento; veja quais
Últimas:
Ações asiáticas recuam após Wall Street se afastar de seus recordes históricos
Tempo Real
Ações asiáticas recuam após Wall Street se afastar de seus recordes históricos

Bolsas acompanham clima negativo dos EUA e registram perdas generalizadas

09/12/2025 | 06h37 | Por Redação
XP e BTG podem ser responsabilizados pela venda dos CDBs do Master?
Investimentos
XP e BTG podem ser responsabilizados pela venda dos CDBs do Master?

E-Investidor apurou que a XP e BTG Pactual venderam mais de R$ 32,7 bilhões em CDBs do Master. Procurados, corretora e banco não quiseram comentar

09/12/2025 | 05h30 | Por Daniel Rocha
13º salário: trabalhador rural também recebe benefício? Entenda
Radar da Imprensa
13º salário: trabalhador rural também recebe benefício? Entenda

O benefício de fim de ano levanta questionamentos sobre direitos no trabalho rural

09/12/2025 | 05h00 | Por Jéssica Anjos
Ibovespa hoje: inflação no Brasil e dados de emprego nos EUA estão na maratona de dados da véspera da Super Quarta
Mercado
Ibovespa hoje: inflação no Brasil e dados de emprego nos EUA estão na maratona de dados da véspera da Super Quarta

Indicadores locais e o JOLTS nos EUA alimentam apostas para as decisões de juros, enquanto o Tesouro e o BC movimentam a liquidez do dia

09/12/2025 | 04h30 | Por Igor Markevich

X

Publicidade

Logo E-Investidor
Newsletters
  • Logo do facebook
  • Logo do instagram
  • Logo do youtube
  • Logo do linkedin
Notícias
  • Últimas Notícias
  • Mercado
  • Investimentos
  • Educação Financeira
  • Criptomoedas
  • Comportamento
  • Negócios
  • Materias gratuitos
E-Investidor
  • Expediente
  • Fale com a redação
  • Termos de uso
Institucional
  • Estadão
  • Ágora Investimentos
Newsletters Materias gratuitos
Estadão
  • Facebook
  • Twitter
  • Instagram
  • Youtube

INSTITUCIONAL

  • Código de ética
  • Politica anticorrupção
  • Curso de jornalismo
  • Demonstrações Contábeis
  • Termo de uso

ATENDIMENTO

  • Correções
  • Portal do assinante
  • Fale conosco
  • Trabalhe conosco
Assine Estadão Newsletters
  • Paladar
  • Jornal do Carro
  • Recomenda
  • Imóveis
  • Mobilidade
  • Estradão
  • BlueStudio
  • Estadão R.I.

Copyright © 1995 - 2025 Grupo Estado

notification icon

Invista em informação

As notícias mais importantes sobre mercado, investimentos e finanças pessoais direto no seu navegador