O Sheik das Criptomoedas, apelido de Francisley Valdevino da Silva, teve liberdade provisória concedida pelo juiz federal Nivaldo Brunoni, da 23ª Vara Federal de Curitiba.
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Valdevino estava preso preventivamente desde novembro de 2022 em Curitiba após ser acusado de chefiar um golpe com criptoativos que teria movimentado ilegalmente R$ 4 bilhões.
De acordo com a decisão do juiz, os prazos estabelecidos por lei já havima passado e não há possíveis prejuízos decorrentes da concessão de liberdade. A prisão preventiva foi decretada na época para garantir a ordem pública. “Portanto, diante do prazo até então transcorrido e por não perdurar a circunstância da temporalidade, entendo que a prisão preventiva deixou de ser imprescindível para a garantia da ordem pública”.
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Valdevino, no entanto, está proibido de sair de Curitiba, ficar fora de sua residência por mais de oito dias sem comunicar o Juízo Federal, frequentar as empresas integrantes do grupo econômico investigado, de exercer atividade de natureza financeira e manter contato com os participantes do caso.
Entenda o golpe
Valdevino, como em diversos outros golpes de criptomoedas, prometeu retornos financeiros irreais para seus clientes desde 2016. Ele formou um falso conglomerado de empresas – 100 companhias no Brasil e no exterior – dentro do setor de cripto, que atraía clientes para a fraude.
O Sheik prometia rendimentos impossíveis dentro do mercado de criptomoedas, de até 13,5% ao mês, em um suposto negócio de locação de ativos digitais. O negócio entrou em colapso em 2022, ao passo que o golpista deixou de cumprir suas promessas.
Entre as pessoas afetadas está a modelo Sasha Meneghel, filha da apresentadora Xuxa, e o marido dela, João Figueiredo. Eles alocaram R$ 1,2 milhão no negócio.
As principais empresas de Valdevino são: Rental Coins Tecnologia da Informação LTDA, Intergalaxy Holding SA, ITX Administradora de Bens LTDA e Interag Administração de Fundos LTDA. Em suas comunicações, o conglomerado se identifica como “grupo Interag”.