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Dólar tem forte queda ante iene e outras rivais, após payroll dos EUA

Dados reduziram expectativas por mais aperto monetário do Federal Reserve (Fed) até o final do ano

Dólar tem forte queda ante iene e outras rivais, após payroll dos EUA
Moedas Globais. Foto: Envato Elements

O dólar operou sob forte pressão nesta sexta-feira, caindo ante rivais e boa parte das moedas emergentes, após o payroll dos Estados Unidos indicar desaceleração do mercado de trabalho, reduzindo expectativas por mais aperto monetário do Federal Reserve (Fed) até o final do ano. A moeda americana teve queda acentuada especialmente contra o iene, seguindo notícias de que os salários no Japão cresceram no ritmo mais forte em 28 anos em maio, e contra divisas europeias, favorecidas pela perspectiva de diferencial nos juros.

No final da tarde em Nova York, O índice DXY fechou em queda de 0,87%, a 102,272 pontos.

Hoje, o payroll surpreendeu o mercado ao revelar criação de 209 mil empregos nos Estados Unidos, abaixo do esperado por analistas consultados pelo FactSet, e ao revisar para baixo os números de maio e abril. O dado não abalou as probabilidades de uma nova alta de 25 pontos-base (pb) pelo Fed em julho, mas reduziu as apostas por mais aperto até o final deste ano, o que ampliou a pressão sobre o dólar e sobre a ponta curta dos juros dos Treasuries.

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Neste cenário, a moeda americana intensificou queda diante de moedas desenvolvidas e passou a recuar ante boa parte das emergentes. Em especial, o dólar teve queda forte contra o iene, que, segundo análise da Bannockburn, teve sua maior valorização semanal em dois meses, na esteira de crescimento dos salários maior que o esperado no Japão. Conforme reportagem da Reuters, os salários regulares aumentaram 1,8% em maio em relação ao ano anterior, mostraram dados do Ministério do Trabalho, o maior ganho desde fevereiro de 1995. Por volta das 17h (de Brasília), o dólar recuava ante 142,12 ienes.

A moeda americana também teve recuo acentuado contra o euro e a libra. As divisas europeias receberam suporte da diferença na perspectiva de juros para os EUA e para a Europa. Nesta manhã, o vice-presidente do Banco Central Europeu (BCE), Luis de Guindos, reafirmou que o “trabalho do BCE ainda não acabou” e que o nível de persistência do núcleo da inflação deve definir as próximas decisões monetárias na zona do euro. À tarde, a dirigente do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) Catherine Mann defendeu que o BC precisa apertar mais a política monetária agora, para evitar um altas demasiadas no futuro. No horário citado, o euro subia a US$ 1,0966 e a libra tinha alta a US$ 1,2834.

Em relatório, a Capital Economics aponta que a desvalorização do rublo russo nesta semana deve apoiar a política fiscal da Rússia, contudo, provavelmente deve impulsionar a inflação, suportando novas altas de juros pelo banco central neste mês. No horário citado, o dólar subia a 91,420 rublos.

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