O petróleo fechou em alta de mais de 2% nesta terça-feira (11), seguindo notícias sobre perspectivas globais de oferta e demanda para o setor, além de comentários do secretário-geral da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), Haitham Al Ghais, prevendo aumento na demanda até 2045. A atratividade da commodity ainda foi ampliada pela fraqueza do dólar no exterior e sinais de crescimento na oferta de crédito da China, em meio a pacotes para estimular a recuperação econômica do país.
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Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para agosto fechou em alta de 2,52% (US$ 1,84), a US$ 74,83 o barril, enquanto o Brent para setembro, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), fechou em alta de 2,20% (US$ 1,71), a US$ 79,40 o barril.
Os contratos mais líquidos do petróleo começaram a sessão em alta, em meio a expectativas de que o governo da China poderia ampliar ainda hoje medidas de estímulos para o setor imobiliário. O movimento ganhou força durante amanhã, na esteira de dados apontando salto nos novos empréstimos na China e notícias sobre oferta e demanda do petróleo. Secretário-geral da Opep, Al Ghais afirmou hoje que a demanda global por todas as formas de energia deve aumentar 23% até 2045, segundo a Reuters. Ele também comentou que apelos para limitar ou parar de financiar novos projetos de petróleo eram irrealistas e imprudentes.
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Pela manhã, o cartel também divulgou o seu Boletim Estatístico Anual (ASB, na sigla em inglês) de 2023, apontando que a receita de exportações dos países-membros da Opep subiu para US$ 873,57 bilhões no ano passado, o maior nível registrado desde 2014. O documento também indica que as reservas globais de petróleo subiram ao seu maior nível histórico em 2022, a 1.564,44 bilhões de barris, e que a Opep detém controle 79,49% destas reservas. Em comunicado, o governo da Arábia Saudita de aumentar os esforços de precaução da Opep e seus aliados para estabilizar os mercados de petróleo.
Ainda no radar, o Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês) dos Estados Unidos aumentou a projeção para o crescimento da demanda global por petróleo este ano, prevendo crescimento de 1,8 milhões de barris por dia (bpd) este ano, a 101,157 milhões de bpd. Em relatório divulgado nesta tarde, o órgão americano também aumentou projeção para o preço do Brent no final deste ano, de US$ 78,65 par US$ 79,34, mas manteve o de 2024 em US$ 83,51.
Para a Oanda, a recente quebra de nível técnico nos preços do petróleo pode ser vista como um passo “bullish” que dará força para a commodity voltar a operar acima de US$ 80 o barril. “Agora, o petróleo encontrou resistência novamente em torno das máximas do final de maio e início de junho, perto de US$ 79, mas o rali ainda tem força neste estágio”, avalia a consultoria.
Por outro lado, o TD Securities projeta que existe a possibilidade de uma deterioração acentuada nos preços da commodity, em meio a política continuamente restritiva de BCs, o que pode manter o petróleo WTI e Brent em torno dos níveis de US$ 71,15 e US$ 75,20 o barril, respectivamente.
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