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Dólar cai ante moedas fortes na véspera de CPI dos Estados Unidos

Libra avançou após dados apontarem crescimento dos salários no Reino Unido

Dólar cai ante moedas fortes na véspera de CPI dos Estados Unidos
Moedas Globais. Foto: Envato Elements

O dólar recuou ante divisas fortes e boa parte das emergentes, na véspera da divulgação da inflação ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos Estados Unidos. Destaque nesta sessão, a libra avançou sobre a moeda americana, após dados apontarem crescimento dos salários no Reino Unido.

Por volta das 17h (de Brasília), o dólar recuava a 140,43 ienes, o euro subia a US$ 1,1010 e a libra tinha alta a US$ 1,2928. O índice DXY, que mede a moeda americana ante uma cesta de seis rivais fortes, fechou em queda de 0,24%, a 101,732 pontos.

O dólar operou sob pressão de baixa desde o início do pregão desta terça-feira. A moeda americana foi abalada pela forte valorização do iene e da libra, esta última apoiada pela aceleração no crescimento de salários no Reino Unido, que registrou avanço anual de 7,3% no trimestre encerrado em maio. Com a divulgação do dado, a libra conquistou a maior alta sobre o dólar desde abril de 2022, na máxima intraday de avanço a US$ 1,2935.

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Na visão da Convera, dificilmente a moeda britânica perderá força, à medida que mercados focam na divergência de política monetária dos bancos centrais. Esta divergência teria como base a expectativa de que o Federal Reserve (Fed) estaria próximo do fim do aperto monetário, enquanto o Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) teria que elevar mais os juros para controlar a inflação. Porém, o dólar ainda pode retomar avanço, dependendo dos dados da inflação ao consumidor dos EUA, observa a Convera.

Analistas consultados pelo Projeções Broadcast avaliam que a CPI americana deve ter avançado 3,1% em junho, na leitura anual, representando uma desaceleração dos 4,0% registrados em maio. Já o núcleo da inflação deverá desacelerar de 5,3% para 5,0% no mesmo período.

Entretanto, o Jefferies avalia que os diferenciais de juros não estão necessariamente se movendo “acentuadamente a favor ou contra o dólar” e que, apesar da recente desvalorização no exterior, o cenário econômico atual não sugere uma queda significativa adiante. Segundo o banco, a economia dos Estados Unidos registra desempenho superior aos pares do G7.

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