Na última segunda-feira (17), a Volkswagen (VOW3) e a Mercedes-Benz (MBG) anunciaram a suspensão temporária dos contratos de seus funcionários. A medida também é chamada de layoff e vai atingir mais de 800 trabalhadores.
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De acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté e Região (Sindmetau), a suspensão da Volkswagen deve ocorrer em um turno de produção e terá início no dia 1º de agosto, com previsão de durar dois meses, mas podendo ser estendido para cinco.
“A ferramenta de flexibilização está prevista em acordo coletivo firmado entre o sindicato e colaboradores da Volkswagen”, diz a nota que foi enviada ao mesmo portal pela empresa.
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Ainda de acordo com o Sindmetau, a montadora justificou que a suspensão dos contratos será feita para adequar o volume de produção ao mercado: “Infelizmente, a taxa de juros, a Selic, continua em 13,75% e inviabiliza a venda de carros novos, já que dois terços dessas vendas são feitas por financiamento. Com isso, as montadoras têm enfrentado um acúmulo de veículos em estoque nos pátios”, disse Claudio Batista, presidente do sindicato, por meio de nota enviada à Agência Brasil.
O anúncio de suspensão dos contratos da Mercedes-Benz não foi novidade, já que o período de layoff já estava acontecendo e foi estendido para os trabalhadores da fábrica de São Bernardo do Campo (SP), “em razão do atual nível de demanda de veículos comerciais no mercado brasileiro”.
A montadora enfatiza que as produções não estão totalmente paradas e que estão atuando com um turno e ajustando os volumes. Em suma, segundo a Mercedes, o layoff é para a produção de caminhões e agregados e foi estendido até o dia 31 de agosto.
Ações das montadoras
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Até às 14h35 desta quarta-feira, os papéis da Volkswagen registravam uma alta de 0,85%, sendo negociados a 123,76, euros. Já os da Mercedes-Benz estavam sendo operados com baixa de 0,80% a 71,89 euros.
Colaborou: Vitória Tedeschi