O dólar recua ante o real e outras divisas pares emergentes e ligadas a commodities em meio a anúncio de medidas de estímulos a investimentos na China nesta segunda-feira (24). Além disso, o Politburo do Partido Comunista chinês, principal órgão decisório da China, demonstrou confiança na recuperação da segunda maior economia do mundo nesta segunda-feira, com a promessa de mais medidas de apoio, mas também reconheceu os obstáculos ao crescimento no segundo semestre, após a economia chinesa ter crescido bem menos do que o esperado no segundo trimestre.
A China vai revitalizar o investimento privado e incentivar a circulação de capital privado em projetos nacionais, afirmou a Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma (NDRC, na sigla em inglês) em comunicado publicado hoje. O texto traz 17 diretrizes para as empresas e se compromete com investimentos em um ambiente seguro para o capital privado.
Os investidores aguardam nas próximas horas novos dados de atividade dos EUA, incluindo PMIs, em uma semana em que o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) deverá voltar a elevar juros, na quarta-feira. Há pouco, nos EUA, o índice de atividade nacional mostrou queda de 0,32 em junho, bem pior que a previsão dos analistas (-0,13).
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A expectativa consensual para o Fed é de aumento de 25 pontos-base dos Fed Funds, à faixa de 5,25% a 5,50% ao ano, e uma sinalização sobre os próximos passos pelo presidente da instituição, Jerome Powell.
Porém, a correção de baixa do dólar ante o real é contida em meio a um viés de alta do índice DXY do dólar ante seis divisas principais, após dados fracos da PMIs na zona do euro, Alemanha e Reino Unido. Em relação à moeda japonesa, após fortes ganhos na semana passada, o dólar recua nesta manhã com uma realização de lucros, após manutenção do PMI composto japonês em julho em 52,1, à medida que o PMI industrial subiu e o de serviços caiu.
Na renda fixa, há forte expectativa pelo IPCA-15 de julho, amanhã, e especialmente com a decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), na quarta-feira, que devem ajudar na calibragem das apostas para a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) de agosto, nos dias 1º e 2/8. Também é esperada alta de 25 pontos-base nos juros pelo BCE e manutenção da política ultra-acomodatícia pelo BC do Japão. O Boletim Focus, do Banco Central, será divulgado excepcionalmente amanhã.
Na sexta-feira, o dólar caiu e as taxas fecharam em baixa. A curva de juros passou a precificar maior chance de redução de 50 pontos-base da Selic em agosto, para 13,25%.
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Às 9h41, o dólar à vista caía 0,49%, aos R$ 4,7569. O dólar para agosto recuava 0,54%, aos R$ 4,7615.