O dólar oscilou em baixa nos primeiros negócios, alinhado à queda ante outros pares emergentes do real no exterior nesta terça-feira (25), por expectativas de novos estímulos à economia pelo governo da China.
Porém, a moeda americana virou para o lado positivo, com uma realização na esteira da deflação do IPCA-15 de julho maior que a esperada. A prévia da inflação oficial do país caiu 0,07% em julho, após +0,04% em junho, e maior que a deflação de 0,03% esperada pelo mercado (mediana).
Segundo um operador, a deflação do IPCA-15 maior que a esperada sugere a possibilidade de um corte de 50 pontos-base do juro básico do país em agosto, em vez de apenas 25 pontos-base, reduzindo mais o diferencial de juros interno e externo.
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Para a reunião de política monetária do Federal Reserve (banco central dos EUA), que começa hoje e anuncia amanhã sua decisão, a aposta majoritária é de alta de 25 pontos-base, à faixa de 5,25% a 5,50% ao ano, e há desconfianças de que poderá ser o último aperto do atual ciclo. É possível diminuição no fluxo de capitais, disse um operador. Ainda assim, para alguns agentes, o juro real brasileiro poderá seguir vantajoso e atrativo aos investidores estrangeiros por algum tempo, ajudando no alívio do dólar.
Mais cedo, a confiança do consumidor subiu 2,5 pontos em julho ante junho, na série com ajuste sazonal. O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) avançou a 94,8 pontos. Em médias móveis trimestrais, o índice avançou 2,7 pontos, a quarta alta consecutiva.
Às 9h46, o dólar à vista subia 0,35%, aos R$ 4,7501. O dólar para agosto ganhava 0,46%, aos R$ 4,7540.