O dólar se valorizou frente ao euro, mas não firmou sinal único diante de outras divisas principais. Indicadores e uma atualização das projeções do Fundo Monetário Internacional (FMI) estiveram em foco, mas em quadro de expectativa pela decisão de amanhã do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), e antes também nesta semana de outras decisões de política monetária importantes, do Banco Central Europeu (BCE) e do Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês).
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No fim da tarde em Nova York, o dólar caía a 140,98 ienes, o euro recuava a US$ 1,1052 e a libra tinha alta a US$ 1,2893. O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de moedas fortes, registrou alta de 0,003%, praticamente estável, em 101,349 pontos.
O FMI elevou previsão para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) global neste ano, de 2,8% a 3,0%, mantendo a expectativa de alta de 3,0% em 2024. Ao mesmo tempo, alertou em relatório publicado hoje para “desafios persistentes” no cenário, diante do compromisso de bancos centrais em lutar contra a inflação.
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Amanhã, há ampla expectativa de que o Fed eleve os juros em 25 pontos-base, e investidores aguardam sinais sobre os próximos passos do BC americano. Diante dos riscos de mais inflação, não está claro se o aperto está perto do fim, diante de uma demanda ainda forte do consumidor. O FMI defendeu hoje que o Fed mantenha a política de aperto monetário, diante da inflação.
Na agenda americana, o índice de confiança do consumidor nos EUA, elaborado pelo Conference Board, subiu a 117 em julho, acima da previsão. O dólar ganhou algum fôlego após o dado, mas o movimento não se sustentou.
Já na Europa, o índice Ifo de sentimento de empresas da Alemanha recuou a 87,3 em julho, abaixo do esperado. O Commerzbank avaliou que o dado aponta para sinais de recessão na zona do euro, o que apoia postura dovish pelo Banco Central Europeu (BCE).
Entre outras moedas em foco, o dólar avançava a 271,6546 pesos argentinos, no horário citado. No mercado paralelo, o chamado dólar blue recuava a 536 pesos, segundo o jornal Ámbito Financiero, afastando-se de suas máximas históricas. Há expectativa pelo anúncio nesta semana da conclusão do acordo de revisão do pacote de ajuda do Fundo ao país. Hoje, o FMI ajustou projeção e espera agora recessão econômica argentina neste ano.
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O dólar ainda subia a 3,6958 shekels. A Capital Economics diz que a decisão do governo de Israel de seguir adiante com “reformas controversas” do Judiciário não deve provocar uma seca de investimentos, mas a consultoria acredita que “a direção da formulação de políticas gera o risco de levar a economia a uma trajetória de crescimento permanentemente menor”. A Capital diz que o shekel pode ficar sob pressão, no contexto de protestos e greves pesando na atividade, o que poderia forçar o banco central a elevar os juros mais que o esperado para conter o quadro.