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Nova avaliação do Brasil por agência de risco e decisão sobre juros dos EUA impactam dólar

A melhora da nota do País segundo alguns agentes do mercado traz pressão adicional para corte da Selic

Nova avaliação do Brasil por agência de risco e decisão sobre juros dos EUA impactam dólar
Dólar é a moeda oficial do comércio exterior. Foto: Envato Elements

O anúncio da Fitch elevando o rating do Brasil a BB, com perspectiva estável, levou o Ibovespa futuro a computar ganhos, após abrir em baixa, enquanto o dólar ampliou as perdas intradia pressionando os juros futuros para baixo. A Fitch elevou também a previsão de crescimento do Brasil em 2023 de 0,7% para 2,3%, afirmando que a atividade econômica segue amparada pelo bom volume de produção agrícola, pelo mercado de trabalho aquecido, pelo crescimento do crédito e pelos gastos do governo.

Há pouco, no entanto, o dólar à vista já ganhava força diante da queda do petróleo e expectativas de alta de juros pelo Federal Reserve (banco central dos EUA) hoje, de 25 pontos-base, à faixa de 5,25% a 5,50% ao ano, além de que alguns analistas do mercado avaliam que o upgrade da nota do país já era esperado. O Ibovespa futuro retomou a queda, mas os juros futuros sustentam viés negativo.

A melhora da nota do País segundo alguns agentes do mercado traz pressão adicional sobre o Banco Central para aumentar a intensidade do corte da Selic pelo Comitê de Política Monetária (Copom), esperado a partir da próxima semana.

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O dólar à vista abriu com viés de baixa e no rastro do upgrade da Fitch ampliou o sinal de queda à mínima aos R$ 4,7319 (-0,38%).

Mais cedo, o Banco Central informou que o resultado das transações correntes ficou negativo em junho deste ano, em US$ 843 milhões – pior desempenho para meses de junho desde 2019, quando o saldo foi negativo em US$ 2,960 bilhões. Em maio, o resultado foi superavitário em US$ 337 milhões (dado revisado). O número da conta corrente em junho ficou bem abaixo da mediana do levantamento realizado pelo Projeções Broadcast, que apontava para superávit de US$ 1,100 bilhão. O intervalo ia de déficit de US$ 2,194 bilhões a superávit de US$ 1,900 bilhão.

Já os Investimentos Diretos no País (IDP) somaram US$ 1,880 bilhão em junho, ante US$ 5,228 bilhões no mesmo período do ano passado. Em maio, entraram US$ 5,380 bilhões em IDP. O resultado ficou também bem abaixo do piso das estimativas apuradas pelo Projeções Broadcast, que iam de US$ 5,000 bilhões a US$ 7,400 bilhões. A mediana estava em US$ 6,200 bilhões. No primeiro semestre, o fluxo de IDP ficou em US$ 31,573 bilhões. Em 12 meses, o saldo de investimento estrangeiro ficou em US$ 80,020 bilhões, o que representa 4,01% do Produto Interno Bruto (PIB).

Às 9h17, o dólar à vista subia 0,10%, aos R$ 4,7549. O d´lar para agosto tinha viés de alta de 0,04%, aos R$ 4,7570.

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