O ouro fechou em alta na sessão desta sexta-feira (28), diante da fraqueza do dólar contra pares fortes, após dados nos Estados Unidos mostrarem desinflação e melhora abaixo do esperado do sentimento do consumidor. No entanto, o metal se desvalorizou no acumulado da semana, depois que decisões do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) e de outros grandes bancos centrais fornecerem apoio à moeda americana e aos juros dos Treasuries.
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Na Comex, divisão para metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro com entrega prevista para agosto fechou em alta de 0,75%, a US$ 1.960,40 por onça-troy. Em comparação com a sexta-feira passada, 21, o ouro teve baixa de 0,31%.
“O tema da desinflação dos EUA continua sendo um dos principais impulsionadores da fraqueza do dólar americano, em meio a um ambiente de baixa volatilidade, sinais indescritíveis de uma recessão global e com um Fed provavelmente em espera. Essas pressões apoiam os preços do ouro”, escreveu o TD Securities nesta manhã, após leitura final do índice de gastos com consumo (PCE, o indicador de inflação preferido do Fed) do Departamento de Comércio dos Estados Unidos.
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O PCE desacelerou em junho ante maio, causando um aumento nas apostas em uma pausa nas altas de juros do Fed em setembro. O movimento ocorre na esteira da decisão de política monetária do BC americano desta semana, cujo tom destacou a inclinação dos dirigentes a se guiarem por dados nas próximas reuniões.
O dólar passou a cair após dado da Universidade de Michigan mostrar um aumento menor que o esperado no índice de sentimento do consumidor de julho. A moeda americana em baixa torna o ouro mais barato para os investidores que operam divisas estrangeiras.