A Petrobras (PETR3; PETR4) reportou outro forte desempenho financeiro no segundo trimestre de 2022, embora com números mais fracos quando comparado ao primeiro trimestre do ano e ao mesmo período do ano passado, avalia a XP.
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Em relatório, os analistas Andre Vidal e Helena Kelm destacam que o Ebitda ajustado atingiu US$ 11,4 bilhões (-18% na comparação com o trimestre anterior e -43% ante um ano), em linha com a expectativa da XP, mas 9% menor que o consenso do mercado.
O time observa que o Fluxo de Caixa Operacional (FCO) menos o capex totalizou US$ 6,7 bilhões, 8% acima da expectativa da XP (US$ 6,2 bilhões), principalmente devido ao imposto de renda pago abaixo do esperado. Além disso, a Petrobras recebeu US$ 1,6 bilhão da venda de ativos.
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Segundo a casa, isso resultou em pagamentos de dividendos equivalentes a cerca de 15% de yield anualizado, acima das previsões da XP e do mercado. Serão pagos R$ 14,8 bilhões relativos ao resultado do segundo trimestre, o equivalente a R$ 1,14 por ação.
Ao todo, o fluxo de caixa livre da Petrobras chegou a US$ 6,5 bilhões, equivalente a um yield de 7,5% ou uma taxa anualizada de 30%. Excluindo a venda de ativos, esse yield anualizado cai para 23%.
Os analistas ressaltam ainda que, como esperado, a dívida bruta aumentou devido ao arrendamento IFRS 16 devido ao início dos novos FPSOs, Anna Nery (Marlim 2) e Almirante Barroso (Búzios 5), cujos valores de arrendamento totalizaram US$ 5,2 bilhões. Ao todo, a dívida bruta no final do trimestre ficou em US$ 58 bilhões (ou 1 vez o Ebitda ajustado), com caixa em US$ 15,8 bilhões, resultando em dívida líquida de US$ 42,2 bilhões, equivalente a 0,7 vez o Ebitda ajustado.
“Ainda vemos um sólido fluxo de caixa livre e dividend yield para a empresa nos próximos trimestres, apoiando nossa recomendação de compra no nome. No entanto, vários riscos permanecem para o caso de investimento, sem mencionar fluxo de caixa livre mais baixo à frente, devido a mais capex e vendas de ativos quase zero”, afirmam.
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