Publicidade

Tempo Real

Dólar hoje: moeda fecha no menor valor desde 2 de agosto

Moeda encerrou a sessão cotada a R$ 4,8554

Dólar hoje: moeda fecha no menor valor desde 2 de agosto
Notas de dólar (Foto: Envato Elements)

O dólar à vista aprofundou o ritmo de baixa ao longo da tarde e, após registrar mínima a R$ 4,8519, encerrou a sessão desta quarta-feira, 22, em queda de 1,73%, cotado a R$ 4,8554 – menor valor de fechamento desde 2 de agosto. Foi o segundo pregão consecutivo de perdas firmes da moeda americana, que já acumula recuo de 2,27% na semana. Os ganhos em agosto, que chegaram a se aproximar de 6% quando o taxa de câmbio flertou com os R$ 5,00, agora são de 2,66%.

À aprovação final do arcabouço fiscal por ampla margem na Câmara dos Deputados ontem à noite somou-se hoje um ambiente externo positivo para divisas emergentes, que subiram em bloco na comparação com a moeda americana. O real liderou o pelotão, ao lado do rand sul-africano e do peso chileno. As taxas dos Treasuries recuaram, com o retorno da T-note de 10 anos voltando a operar abaixo de 4,20%, na esteira de dados abaixo do esperado de índices de gerentes de compras (PMIs, na sigla em inglês) nos EUA e na Europa. Londres, 23/08/2023 – Na contramão do comportamento dos contratos futuros de petróleo, que fecharam em baixa, as commodities metálicas avançaram.

Por aqui, operadores relataram apetite de estrangeiros por ações, com o Ibovespa em alta superior a 1%, e pressão vendedora no segmento futuro. Após dois dias de giro muito fraco, o contrato de dólar futuro para setembro – principal termômetro do apetite por negócios – movimentou mais de US$ 12 bilhões.

Publicidade

Invista em oportunidades que combinam com seus objetivos. Faça seu cadastro na Ágora Investimentos

O head da Tesouraria da Travelex Bank, Marcos Weigt, observa que o real se destacou hoje no mercado global de moedas, apresentando, ao lado do rand sul-africano, os maiores ganhos em relação ao dólar. Ele observa que o real subiu mais 1,7%, enquanto o peso mexicano, com o qual a moeda brasileira é bastante correlacionada, teve alta ao redor de 0,7%.

“Temos fatores com os Treasuries e as commodities ajudando o real. Mas tem um peso relevante do arcabouço fiscal no comportamento do real. Além da queda do dólar, estamos vendo um recuo dos juros futuros longos e a alta da Bolsa”, afirma Weigt, acrescentando que a aprovação por ampla margem mostrou mais uma vez o que a Câmara dos Deputados “segura as pontas” na questão fiscal. “O arcabouço não é o ideal. Parece difícil fechar o ano que vem sem déficit porque precisa aumentar bastante a receita. Mas evita o risco de cauda de crescimento explosivo de gastos e da relação dívida/PIB, o que dá tranquilidade não apenas ao mercado financeiro mais a todos os agentes econômicos”.

A Câmara aprovou ontem o novo arcabouço, após as mudanças do Senado, com 379 votos a favor e 64 contrários. Deputados mantiveram fora do limite de gastos o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) e os recursos do Fundo Constitucional do Distrito Federal (FCDF). Foi retirado do texto pelo relator da matéria, deputado Claudio Cajado (PP-BA), a emenda do Senado que permitia ao governo prever as chamadas despesas condicionadas no Orçamento de 2024. Essa medida, que garante uma folga de R$ 32 bilhões, deve ser incluída no Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO). A Câmara rejeitou, ainda, a emenda dos senadores que deixaria despesas com ciência e tecnologia fora dos limites fiscais.

Além do arcabouço fiscal, o governo colheu outra vitória hoje no Congresso. A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado aprovou o projeto de lei que retoma o voto de qualidade do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) sem alterações relevantes em relação ao texto que saiu da Câmara. Uma das iniciativas do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para ampliar as receitas e cumprir a metas de resultado primário, o projeto já foi encaminhado ao plenário e pode ser apreciado ainda hoje.

Publicidade

À tarde, o Banco Central informou que o fluxo cambial total em agosto (até o dia 18) é positivo em US$ 3,790 bilhões – graças a entrada líquida de US$ 4,156 bilhões via comércio exterior. Houve saída líquida de US$ 366 milhões pelo canal financeiro nesse período.

Web Stories

Ver tudo
<
Bitcoin a US$ 1 milhão? Entenda porque investidores acham isso possível
“É uma loucura”: entenda a ousada proposta de Trump para o bitcoin
Nota de “zero” Euro? Elas existem e há até uma brasileira
Conheça o substituto do ar-condicionado com consumo de energia até 5 vezes menor
Como evitar que as festas de final de ano arruínem seu planejamento de 2025
Economia doméstica: o que é e como usar no dia a dia para ter mais dinheiro
5 livros recomendados por Bill Gates para ler ainda em 2024
É possível antecipar o seguro-desemprego? Descubra
Se ninguém reivindicar, o governo leva: entenda o que é a herança vacante
Seu Bolsa Família atrasou? Descubra o que fazer
Este truque simples pode te fazer economizar definitivamente em 2025
Mega-Sena: Números sorteados do concurso 2806 de hoje, terça-feira (10)
>