Planta da Petrobras. (Foto: Geraldo Falcão/Petrobras)
O UBS elevou a recomendação da Petrobras (PETR4;PETR3) de neutro para compra e subiu o preço-alvo em 35,5%, de R$ 31 para R$ 42 tanto para a ação ordinária quanto para a preferencial. Segundo o banco, o recente aumento no preço dos combustíveis feito pela estatal impulsiona o aumento do lucro, Ebitda e preços-alvos das ações.
“Os preços dos combustíveis significam melhor governança, melhor fluxo de caixa livre para empresa (FCF), melhores dividendos”, afirmam os analistas Luiz Carvalho, Matheus Enfeldt, e Tasso Vasconcellos, em relatório enviado a clientes.
Na opinião deles, o aumento no preço do diesel e gasolina diminui o risco do caso por mostrar que a Petrobras é capaz de aumentar o preço dos combustíveis, enquanto o Brent em US$ 85,00 por barril e o câmbio em cerca de 5,0 fazem com que os preços permaneçam pouco perto da paridade.
Assim, o UBS BB passa a ver uma geração extra de FCF de US$ 1 bilhão no segundo semestre de 2023 (+8% do FCF para o período) e US$ 5,1 bilhões em 2024 (+23%). “Agora esperamos excesso de dinheiro a ser distribuído como dividendos, elevando as expectativas de retornos para níveis atraentes (rendimento de 20% no esperado para 2024) versus pares (rendimento de distribuição de 10-12%)”, dizem os analistas.
O UBS BB estima que com 45% do FCF, a Petrobras pode anunciar US$ 12 bilhões em dividendos para 2024 – um rendimento de dividendos de aproximadamente 14%. No entanto, a casa acredita que a empresa pode anunciar US$ 5 bilhões em dividendos extraordinários, dada a geração excedente de caixa, somando um rendimento de 20%.
O novo preço-alvo de R$ 42,00 representa um potencial de valorização de 30% para a ação preferencial e de 18,6% para a ordinária. O preço-alvo do American Depositary Receipt (ADR) da Petrobras também subiu de US$ 13,1 para US$ 17,5.