A BR Partners (BRBI11) anunciou na noite desta segunda-feira (11), em fato relevante, o lançamento de uma área de gestão de fortunas (wealth management), com Rodrigo Moraes como diretor de investimentos (CIO, na sigla em inglês). Segundo a companhia, o objetivo é aproveitar a sinergia com o empresariado brasileiro para dar mais um passo no mercado, assim como buscar oportunidades de originação de novos negócios.
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Em entrevista ao Broadcast Investimentos, o sócio e diretor de relações com investidores da BR Partners, Vinícius Carmona, destaca que a empresa começou como uma butique de M&A (fusões e aquisições), entrou no mercado de capitais e tesouraria e depois criou uma área de private equity, até chegar à abertura de capital (IPO, na sigla em inglês), em 2021. “Entramos em novos negócios com uma ótica complementar”, afirma. Cerca de um ano e meio depois, o próximo passo é a área de gestão de fortunas.
Para Carmona, é “um negócio muito sinérgico”, pois a companhia tem um “relacionamento forte com famílias que dirigem e são acionistas de grandes empresas do Brasil” e que já lidam como banco de investimentos. José Flávio Ramos, diretor-executivo (CEO) do banco e responsável pela área de fortunas (wealth), diz já ter identificado indivíduos e famílias para composição orgânica da carteira, que deve começar com cerca de R$ 700 milhões dos dois fundos de private equity que já eram geridos internamente.
O início
A nova área demorou um ano e meio para ficar pronta principalmente pela ponderação sobre como iniciar o negócio. Segundo Ramos, houve conversas sobre a aquisição de uma gestora, mas a opção foi por montar um negócio organicamente, após “encontrar” uma equipe de executivos que participaram da criação da Reliance, gestora comprada pelo Julius Baer em 2018, e tinham “vocação para ser dono”. Além do CIO Rodrigo Moraes, juntam-se à BR Partners Álvaro Aguiar e Rafael Lisboa, que serão responsáveis pelo relacionamento com clientes.
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Moraes diz que a área de gestão começa disponibilizando a possibilidade de investimentos globais, portfólios com abrangência em diferentes classes de ativos e parcerias locais e internacionais. “Temos o princípio de dar o advisory (aconselhamento) para essas famílias sobre como buscar boas soluções de risco-retorno para a liquidez que está sendo gerada”, diz o executivo.
Ainda, Carmona diz que, com a equipe sênior na gestão de fortunas, a expectativa é que a área ajude a originar negócios para as demais verticais da companhia, fomentando o chamado “cross-selling”. “Com o relacionamento desses bankers sêniores, esperamos fomentar negócios com a tesouraria, a estruturação de dívida e o banco de investimentos”, afirma.