Os juros dos Treasuries de longo prazo recompuseram as perdas de mais cedo e oscilaram perto da estabilidade no final da tarde, após a Câmara dos Representantes dos EUA rejeitar uma proposta orçamentária e ampliar o risco de paralisação do governo a partir de domingo. Já as taxas dos títulos de curto prazo recuaram sob efeito do índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês), que não provocou alterações relevantes na perspectiva majoritária de manutenção das taxas de juros até o fim do ano.
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Por volta das 17h00(de Brasília), o retorno da T-note de 2 anos caía a 5,037%, o da T-note de 10 anos opera estável em 4,570% e o do T-bond de 30 anos marcava baixa a 4,700%.
A Oxford Economics citou que o juro do título de 30 anos subiu mais de 80 pontos-base no terceiro trimestre, a maior alta desde o terceiro trimestre de 2009.
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O dia trouxe notícias favoráveis do ponto de vista da inflação. O índice de preços do PCE, medida de inflação preferida do BC americano, subiu 0,4% em agosto na comparação mensal – abaixo da previsão de 0,5% de analistas consultados pela FactSet.
No fim da tarde desta sexta-feira, a chance de a taxa básica de juros permanecer na faixa atual, de 5,25% a 5,50%, na próxima reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc), em novembro, era de 85,8%, ante 82,7% instantes antes da divulgação do PCE. A possibilidade de continuarem no mesmo nível em dezembro estava em 63,7%, ante 65,6%, mostra o monitoramento do CME.
A Oxford Economics avalia que os títulos do Tesouro poderão encontrar apoio de curto prazo – o que se traduziria em alívio da alta nas taxas projetadas – durante a próxima semana, em resposta a uma condição tecnicamente sobrevendida em prazos de maior duração e a uma janela de breve pausa na emissão de cupons do Tesouro. “Esperamos que uma economia em desaceleração e o alívio inflação também comecem a oferecer um apoio melhor aos títulos do Tesouro ainda este ano e no próximo ano, segundo a consultoria.