Novembro começa com as decisões de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) e do Comitê de Política Monetária (Copom) em véspera de feriado de Dia dos Finados (2) no Brasil. Há grande expectativa pela entrevista do presidente do Fed, Jerome Powell.
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A agenda desta quarta-feira (1º) traz ainda os números da produção industrial brasileira e da balança comercial, além dos relatórios ADP de criação de emprego no setor privado e o Jolts de abertura de vagas nos Estados Unidos.
O sinal é negativo no pré-mercado em Nova York, enquanto as bolsas europeias rondam a estabilidade, em meio a indicadores e antes da decisão do Fed.
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A maioria nos mercados aposta que o Fed deixará seus juros inalterados na faixa de 5,25% a 5,50%, pela segunda vez consecutiva, e investidores ficarão atentos a comentários de Powell sobre os próximos passos na política monetária.
A libra ampliou perdas frente ao dólar após divulgação do Índice de Gerentes de Compras (PMI) industrial britânico, que subiu para 44,8 em outubro, mas ficou bem abaixo da estimativa preliminar, de 45,2%.
Na China, o PMI industrial caiu de 50,6 em setembro para 49,5 em outubro, segundo a S&P Global Ratings/Caixin. Resultados abaixo de 50 pontos indicam que a atividade está em contração.
Oriente Médio
A escalada da violência na guerra Israel-Hamas segue no foco. Os membros eleitos do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), os chamados E10, decidiram não convocar a votação da nova proposta de resolução do Brasil sobre a situação no Oriente Médio para hoje.
“A situação está muito mais complexa hoje, então, a pedido de todos, estamos dando mais tempo para consultas”, disse o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira.
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Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Egito, Jordânia e Catar condenaram veementemente o ataque de Israel ao campo de refugiados de Jabalia, na Faixa de Gaza, ontem e reforçaram pedidos para um cessar-fogo. Já a Bolívia anunciou ruptura das relações diplomáticas com Israel por crimes contra povo palestino.
No Brasil
Os mercados locais podem adotar cautela, alinhados ao exterior, antes da decisão do Fed e entrevista de Powell. O recuo dos rendimentos dos Treasuries (títulos de renda fixa de dívida pública do governo norte-americano) pode ajudar os juros futuros, com mercado mirando também o Copom, cujo desfecho só deve ecoar nos negócios na sexta-feira, após o feriado.
A expectativa majoritária é de corte de 50 pontos-base da Selic, para 12,25%, e mais dois da mesma magnitude em dezembro e janeiro. No âmbito fiscal, a calibragem do valor da nova meta fiscal de 2024 passou a ser o principal foco das discussões políticas em Brasília.
A mudança da meta na votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) é dada como praticamente certa depois da reunião do presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta terça-feira com lideranças políticas, quando falou que não vai cortar nenhuma vírgula do Orçamento de 2024.
Pesquisa realizada pela BGC Liquidez, com um total de 64 instituições do mercado financeiro e divulgada com exclusividade pelo Broadcast, aponta que entre os 55 que responderam à pergunta sobre o risco de se alterar a meta de déficit zero em 2024, a maioria espera que haja alteração, sendo que 45,45% acreditam que a mudança será feita ainda em 2023 e 47,27%, no ano que vem.
Agenda
A agenda desta quarta-feira traz a decisão do Comitê Federal de Mercado Aberto do Federal Reserve (Fomc, na sigla em inglês), às 15 horas, seguida de coletiva com o presidente do Fed, Jerome Powell, às 15h30. No Brasil, o Comitê de Política Monetária (Copom) anuncia a decisão da Selic, após às 18h30.
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Destaque ainda a dados da produção industrial brasileira (9h00), PMI industrial (10h00), balança comercial de outubro (15h00) e leilão do Tesouro de LTN e NTBN-F (11h00). Nos EUA, saem ainda o relatório ADP de criação de emprego no setor privado (9h15) e o relatório Jolts de abertura de vagas (11h00).