O Bradesco (BBDC4) encerrou o terceiro trimestre deste ano com lucro líquido recorrente de R$ 4,621 bilhões, de acordo com balanço divulgado nesta quinta-feira (9). O resultado é 11,5% menor que o do mesmo intervalo do ano passado, mas veio 2,3% acima do registrado no segundo trimestre deste ano.
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No trimestre, o segundo maior banco privado do País mostrou tendências mais estáveis nos indicadores de inadimplência, que subiram de forma mais acelerada que nos pares no último ano. Entretanto, o crescimento lento da carteira de crédito, fruto da maior seletividade do Bradesco, pressionou as margens do banco, o que manteve a rentabilidade abaixo da média.
“O resultado do segundo trimestre está em linha com as expectativas de uma recuperação gradual, mas abaixo dos patamares normalizados”, afirmou o diretor de Relações com Investidores e Controladoria do banco, Carlos Firetti, em podcast para comentar os resultados. A carteira de crédito do Bradesco encerrou o trimestre em R$ 877,500 bilhões, queda de 0,1% em um ano, mas uma alta de 1% em relação ao trimestre anterior. Foi puxada por operações para pessoas físicas, que cresceram 2,3% no ano. A inadimplência era de 6,1%, pelo critério de atrasos acima de 90 dias, alta de 2,2 p.p. em um ano.
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Segundo Firetti, o banco está gradualmente aumentando a concessão de crédito no segmento de varejo, mas esse aumento não tem sido suficiente para fazer com que a carteira volte a crescer. Em pequenas e médias empresas, por exemplo, ele disse que a originação ainda está abaixo do normal. A margem do banco com clientes, que reflete o ganho em operações de crédito, por exemplo, teve baixa de 9,6% no comparativo anual, para R$ 15,836 bilhões.
De acordo com o Bradesco, o resultado reflete o movimento de redução dos riscos da carteira, que leva a uma migração para produtos menos rentáveis. Na tesouraria, o banco voltou a mostrar resultado positivo após um ano, com ganho de R$ 23 milhões, contra perda de R$ 1,243 bilhão no mesmo período do ano passado. “A tesouraria voltou para o positivo e deve seguir a tendência nos próximos meses, com o movimento de reprecificação da carteira”, afirmou Firetti no podcast.
A margem financeira total do Bradesco caiu 9,6% no terceiro trimestre em relação ao mesmo período do ano passado, para R$ 15,836 bilhões. Em um trimestre, houve baixa de 4,9%. O banco encerrou o terceiro trimestre com R$ 1,931 trilhão em ativos, crescimento de 2,1% no comparativo anual, e de 2,5% em três meses.
O patrimônio líquido foi a R$ 160,801 bilhões, alta de 2,5% em um ano. No trimestre, o retorno sobre o patrimônio líquido foi de 11,3%, baixa de 1,7 ponto porcentual em um ano, mas uma alta de 0,2 p.p. em um trimestre.
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