As ações da BRF (BRFS3) mantêm tendência de alta, recuperando, em parte, a expressiva redução do seu valor de mercado nos últimos anos, após o rali de quase 50% de valorização neste ano, informa em relatório o Banco do Brasil Investimentos. “Mesmo assim, decidimos manter a cautela em relação ao papel, reiterando nossa recomendação neutra, considerando a tendência ainda fraca dos negócios internacionais e a performance modesta, por ora, da geração de caixa livre da empresa”, afirma o BB Investimento, no relatório assinado pelas analistas Mary Silva e Melina Constantino.
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“Verificamos um fluxo de caixa livre próximo de zero (break even) neste trimestre, justificado pela evolução do resultado operacional e pela redução das despesas financeiras líquidas. Esta última reflete a queda do endividamento bruto decorrente dos recursos provenientes do follow on concluído em julho”, explicou o BB Investimentos.
Com relação ao desempenho dos principais segmentos, o Brasil foi novamente o destaque positivo, com avanço de 2,2 p.p. (3T23 ante 3T22) na margem lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado, para 11,9%, “retornando ao nível de 2 dígitos pela primeira vez em dois anos”.
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Segundo o BB Investimentos, “a evolução da rentabilidade é justificada pelo leve avanço da receita, em virtude do aumento do volume de vendas no mercado interno, e pela expressiva queda de custo/kg (-7,5%, 3T23 ante 3T22).
“No segmento internacional, o excesso de carne de frango no mercado global continuou pressionando os preços. Além disso, a suspensão temporária do Japão para as importações de carne de frango de alguns Estados do Brasil levou ao redirecionamento de volumes ao mercado doméstico, exercendo pressão adicional na precificação de alguns cortes. Com isso, o segmento registrou margem Ebitda de 4,2% no trimestre, ganho marginal de 0,2 p.p. na comparação com o 2T22”, diz o banco.