O Safra elevou a recomendação do Bradesco (BBDC4) para outperform (equivalente a compra), com base em uma assimetria no valuation, e rebaixou a do Banco do Brasil para neutro, devido a expectativa de crescimento limitado do lucro. A casa também reiterou Itaú como ‘top pick’ (principal escolha) do setor e uma recomendação neutra para Santander Brasil.
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Sobre Bradesco, o Safra afirma que “embora os resultados de curto prazo carreguem algum nível de incerteza, espera-se que a adoção mais tardia de uma postura de crédito restritiva gere impactos positivos em 2024”, com expectativa de um retorno sobre patrimônio líquido (ROE) conservador de 15,5% a ser alcançado em meados de 2025.
Com isso, o novo preço-alvo de R$ 18,00 por ação do Bradesco implica um potencial de valorização de 20%, a partir do atual valuation de 0,93 vezes o Preço por Valor Patrimonial (P/BV), considerando baixo.
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Já em relação ao Banco do Brasil (BB), o Safra aponta que, “considerando os menores impactos em virtude de um portfólio mais defensivo e a correlação mais alta dos resultados da tesouraria com a Selic, o crescimento do lucro do BB deve ficar mais restrito nos próximos dois anos em comparação com os pares”.
Assim, o rendimento de dividendos de 11% esperado para 2024 e o preço-alvo de R$ 59,00, o que representa um potencial de valorização de 17%, alinha-se melhor a uma recomendação neutra para BB, reforçando a preferência do Safra por “bancos privados, que não carregam o risco adicional de ruídos políticos”.
Já Itaú Unibanco, que tem recomendação outperform (equivalente a compra) foi mantido como top pick “em virtude de sua gestão diligente de custos sem comprometer investimentos em tecnologia, reforçando sua abordagem centrada no cliente e aumentando a principalidade de clientes”. O preço-alvo de R$ 37,00 implica um potencial de valorização de 24% em relação ao preço atual do papel, e o valuation de 1,51 vez o P/BV ainda parece estar “desconectado” da expectativa de crescimento no ROE de mais de 21% nos próximos anos.
Por fim, o Safra reitera recomendação neutra para Santander Brasil, devido a um potencial de valorização mais baixo em comparação com pares. “Como resultado da melhoria do custo de crédito e de ganhos com a gestão de ativos e passivos (ALM), espera-se aumento na lucratividade do banco nos próximos dois anos. No entanto, nosso preço-alvo inalterado de R$ 35 implica upside limitado de +13%, que não é suficiente para uma elevação de recomendação”, ponderam os analistas Daniel Vaz, Silvio Doria e Gabriel Pucchi, em relatório enviado a clientes.
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