O Bradesco BBI (BBDC4) reiterou nesta terça-feira (5), em relatório, seu otimismo com as incorporadoras que atuam no segmento econômico, dentro do Minha Casa Minha Vida (MCMV). Os analistas elevaram a recomendação para as ações da Tenda (TEND3) de “neutral” para “outperform” (equivalente a compra).
Com isso, todas as incorporadoras do segmento listadas na Bolsa de Valores (B3) estão com recomendação de compra, na classificação do Bradesco BBI. Para Direcional, o preço-alvo estimado para as ações no fim de 2024 é de R$ 30 (perspectiva de alta de 52%); MRV (MRVE3), R$ 17 (87%); Tenda, R$ 21 (69%); Cury, R$ 24 (39%); e Plano & Plano, R$ 16 (34%).
O banco ainda subiu a perspectiva média de lucro por ação em 5% para 2024. O relatório é assinado pelos analistas Bruno Mendonça, Pedro Lobato e Herman Lee. A preferência do time do Bradesco é pelas ações da Direcional, devido a um desconto no valuation de cerca de 22% em relação aos pares, combinado com crescimento consistente da receita e ganhos de margem.
Em segundo lugar, aparece a Tenda, que está adiantada no seu processo de reestruturação, com maior controle de custos e retomada do crescimento, apresentando uma relação atrativa entre o risco e o retorno, na visão dos analistas. O setor imobiliário de baixa renda passou por uma série de ajustes nos últimos meses, melhorando a liquidez das vendas de imóveis, e contou com alguns impulsos adicionais recentemente.
Entre os pontos positivos para o segmento, o time do Bradesco BBI apontou a recente aprovação do orçamento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), que prevê R$ 96 bilhões para habitação em 2024, sustentando a continuidade dos aportes no setor.
Outro ponto positivo foi a votação da mudança na remuneração do FGTS, no Supremo Tribunal Federal (STF), indicam para uma transição suave para o fundo, diluindo os impactos no financiamento do MCMV ao longo dos anos. Embora a votação na Corte ainda não esteja concluída, isso deu maior visibilidade para o setor no curto a médio prazo, disseram os analistas.
Por fim, os analistas citaram que, o programa Pode Entrar, da prefeitura de São Paulo, parece estar na terceira e última fase, em que as construtoras podem lançar os projetos selecionados, o que deve ajudar no reconhecimento de receita.