- A petroquímica Braskem (BRKM5) está no centro do noticiário nacional desde o fim da última semana por causa do risco de colapso em Maceió causado por uma mina da companhia
- E a tragédia ambiental não é o único fator exigindo cautela em relação à BRKM5
- Na visão da Nord, há pelo menos três fatores no radar exigindo uma análise maior da companhia
A petroquímica Braskem (BRKM5) está no centro do noticiário nacional desde o fim da última semana por causa do risco de colapso em Maceió causado por uma mina da companhia. A capital alagoana está em estado de emergência, com moradores abandonando suas casas em meio aos abalos de terra em uma região em que a empresa explorava sal-gema. Veja detalhes do problema nesta reportagem do Estadão.
Mas a tragédia ambiental é apenas um dos três pontos por trás de um “inferno astral” na Braskem, destaca a casa de investimentos Nord. No “Nord Insider”, material da corretora compartilhado a investidores por e-mail nesta terça-feira (5), o entendimento é que, para além do colapso na mina em Maceió, a companhia ainda está lidando com resultados ruins e uma oferta de venda não resolvida.
Leia também
Nem mesmo a informação de que um dos maiores investidores do Brasil estaria comprando as ações da companhia mudou a visão da Nord. No Clube Nord realizado em agosto deste ano, Luiz Alves, também conhecido no mercado como LAPB, disse aos participantes do evento que estava comprando BRKM5.
As ações da companhia caiam muito e há ofertas na mesa para adquirir a Braskem a um preço por ação maior do que o negociado atualmente. Mas Bruce Barbosa, analista da Nord, vê outros riscos no radar.
Publicidade
Invista em oportunidades que combinam com seus objetivos. Faça seu cadastro na Ágora Investimentos
Ele destaca que, no acordo de compra e venda da Braskem, há o risco de que as empresas criem a narrativa de que o controle da companhia não está mudando, o que retiraria dos acionistas minoritários o direito ao tag along. O segundo ponto é que a queda perto de 25% das ações da Braskem no ano reflete resultados menores de ebitda e lucro.
A tragédia ambiental em Maceió entra com um terceiro ponto de atenção na tese de investimento na Braskem: a companhia provisionou R$ 14 bilhões para indenizar os moradores de Maceió, mas o governo do Alagoas estima um passivo maior, na casa de R$ 30 bi.