O fundo Verde, da gestora que tem como sócio-fundador Luis Stuhlberger, informou ter aproveitado o rali dos ativos de risco neste fim de ano para reduzir marginalmente sua exposição a ações brasileiras. A informação consta na mais recente carta mensal da Verde, divulgada nesta terça-feira (9).
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“O Brasil performou em linha com seus betas para os ativos globais. O ruído local sobre questões fiscais continua (e continuará), mas é notável que a reforma tributária tenha de fato sido aprovada no Congresso (embora o Diabo more nos detalhes das leis complementares que vêm por aí)”, escreve a equipe de gestão do fundo Verde.
A gestora avalia que o movimento dos mercados em dezembro seguiu o de novembro, com a queda de juros e o aumento do apetite por risco formando uma “combinação poderosa”. “O grande fundamento por trás disso foi a inflação americana, que continua arrefecendo, e permitiu ao Federal Reserve (Fed, o banco central americano) mudar sua postura para sinalizar que cortes de juro (e inclusive um eventual fim do aperto quantitativo) estão sim na mesa para 2024”, afirma a Verde.
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Neste início de ano, a gestora diz que os principais temas a acompanhar devem ser uma possível precificação excessiva de cortes na curva de juros futuros e uma certa “exuberância” nos ativos de risco.
Assim, a Verde voltou a ter posições liquidamente compradas (que apostam na alta) em algumas proteções (hedges) na parcela de ações globais do portfólio e mantém a posição aplicada (que aposta na queda) em juro real americano e brasileiro. Há também posição tomada (que aposta na alta) na parte curta da curva de juros japonesa.
A pequena alocação em petróleo foi mantida, assim como a exposição em crédito high yield local e global. Em moedas, a Verde reduziu marginalmente a posição na rúpia indiana e aumentou a posição no peso mexicano.
Resultado em dezembro
Em dezembro, o Verde FIC FIM apresentou alta de 3,32%, acima do indicador de referência, o CDI, que teve alta de 0,90%. Segundo a carta mensal, houve ganhos nas posições de ações no Brasil, juro real, crédito local, juros nos Estados Unidos e em moedas. Em 2023, o fundo acumulou avanço de 14,53%.