Os principais mercados internacionais seguem se ajustando em alta nesta manhã de sexta-feira (19), ainda que os rendimentos das Treasuries (títulos da dívida estadunidense) de longo prazo hesitem em cair (eles subiram mais cedo, inclusive), depois dos indicadores americanos melhores que o esperado e a fala do presidente do Federal Reserve (Fed, banco central estadunidense) de Atlanta, Raphael Bostic, que reiterou a visão de que os juros só devem ser cortados no terceiro trimestre.
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Do outro lado do mundo, onde as bolsas fecharam sem direção única, a mídia relata que uma grande corretora chinesa suspendeu vendas de ações a descoberto para alguns clientes –um sinal de que os mercados sofrerão algum tipo de influência, limitando o apetite dos investidores.
Assim, a última sessão da semana começa com ganhos moderados na Europa e com sinais de que o mesmo deve ocorrer em Nova York, como sugerem os índices futuros por lá agora cedo.
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Fora do mundo das bolsas, o dólar recua ante moedas rivais, os contratos futuros do petróleo sobem e os preços futuros do minério de ferro mostraram uma leve recuperação, subindo 2,63% em Dalian, apesar dos sinais de enfraquecimento da demanda chinesa.
A tendência externa, junto com a dinâmica entre as principais commodities, deveria ser suficiente para impulsionar os ativos locais hoje, mas as negociações em torno da Medida Provisória da reoneração da folha de pagamentos seguem no radar e tiram um pouco do ímpeto local –à exemplo do que ocorreu na sessão passada.
Neste sentido, ontem à noite, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, foi a residência oficial do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), para tratar do texto.
Agenda econômica
Brasil: Destaque para o IBC-Br de novembro (9h), além da segunda prévia do IGP-M de janeiro (8h). Entre os eventos, os diretores do Banco Central, Diogo Guillen (Política Econômica), Paulo Picchetti (Assuntos Internacionais e de Gestão de Riscos Corporativos) e Renato Dias Gomes (Organização do Sistema Financeiro e Resolução) fazem quatro rodadas de reuniões com economistas do mercado ao longo do dia.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva segue em viagem pelo Nordeste e, no Ceará, participa da cerimônia de assinatura do decreto que cria o Campus Avançado do Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA) em Fortaleza (13h30).
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O Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, recebe (15h) o CEO da empresa GWM America, James Yang, e devem tratar de planos de investimentos da empresa automotiva.
EUA: A Universidade de Michigan publica a leitura preliminar das expectativas de inflação em janeiro e o índice de sentimento do consumidor (12h), junto da divulgação das vendas de moradias usadas em dezembro.
O vice-presidente de supervisão do Fed, Michael Barr (15h) e a presidente do Fed de San Francisco, Mary Daly (18h15) participam de eventos.
Europa: O índice de preços ao produtor (PPI) da Alemanha caiu 8,6% em dezembro ante igual mês do ano anterior, segundo dados divulgados pelo Destatis, como é conhecido o escritório de estatísticas do país.
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Em novembro, o PPI alemão havia registrado queda anual menor, de 7,9%. O resultado de dezembro veio abaixo da expectativa de declínio anual de 7,9%. Na comparação mensal, o PPI da Alemanha recuou 1,2% em dezembro.
Ainda na Europa, mas fora da zona do euro, as vendas no varejo do Reino Unido caíram 3,2% em dezembro ante novembro de 2023, segundo dados publicados hoje pelo ONS, como é conhecido o órgão de estatísticas do país, ficando abaixo da expectativa de queda de 1,1%.
Na comparação anual, as vendas no varejo britânico sofreram contração de 2,4% em dezembro, frustrando o consenso de alta de 1%.