O Santander (SANB11) reduziu a recomendação para as ações da Porto (PSSA3), ex-Porto Seguro, de outperform (perspectiva de desempenho acima do mercado, o equivalente a compra) para neutra, mas elevou o preço-alvo de R$ 30 para R$ 33, o que representa uma alta de 19,3% ante o fechamento da última quarta-feira (25).
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Por outro lado, o banco elevou a recomendação dos papéis do IRB Re (IRBR3) de underperform (o equivalente a venda) para neutra e aumentou o preço-alvo de R$ 29 para R$ 46, ficando 21,6% acima do fechamento mais recente. Além disso, manteve recomendação neutra para as ações da BB Seguridade (BBSE3), mas o preço-alvo foi reduzido de R$ 39 para R$ 38, o equivalente a valorização de 9,7% sobre o fechamento de da última quarta-feira.
O analista Henrique Navarro afirma que o corte na recomendação para a Porto ocorre majoritariamente pela perspectiva de um crescimento mais limitado neste ano, em especial no seguro automotivo. “Após aumentar preços de forma bem-sucedida em 2022 e no primeiro semestre de 2023, acreditamos que não há muito espaço para novos reajustes em 2024.”
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No Porto Bank, o Santander estima que a redução na inadimplência da carteira de crédito virá às custas de um menor crescimento do saldo. O ponto positivo deve vir da operadora de planos de saúde, a Porto Saúde, e também dos negócios de prestação de serviços.
“O pior já passou”
No caso do IRB, o aumento do preço-alvo foi o que desencadeou a recomendação neutra e foi fruto da expectativa de uma queda no custo de capital. Além disso, o Santander espera que o retorno sobre o patrimônio líquido (ROE, na sigla em inglês) da resseguradora chegue a 12% em um segundo estágio da recuperação de resultados e fique em 14% no longo prazo.
“Acreditamos que o pior ficou para trás e estamos elevando a nossa estimativa de lucro operacional em 2024 em 26%, levando a uma estimativa de lucro líquido de R$ 328 milhões e a um índice combinado de 103%”, afirma Navarro.
Para BB Seguridade, a manutenção da recomendação neutra vem de uma expectativa de resultados mais brandos neste ano, com números mais fracos no segmento agro e resultados financeiros também menores. “Além disso, vemos risco de redução para nossas estimativas, porque acreditamos que a materialização do El Niño/La Niña pode ter consequências negativas para a sinistralidade da empresa com o seguro agro.”