O Citi rebaixou a recomendação da Raia Drogasil (RADL3) de neutra para venda e cortou o preço-alvo de R$ 27,00 para R$ 24,00, o que implica em uma potencial queda de 8,6% sobre o fechamento da última terça-feira (30).
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O rebaixamento se dá pela estimativa do banco de que a lucratividade continuará pressionada a partir da desaceleração na receita, que afeta a alavancagem operacional em meio a despesas gerais e administrativas (G&A) elevadas e mudanças fiscais.
“Mantemos nossa visão favorável sobre a excelente execução da Raia Drogasil e as oportunidades de longo prazo na indústria farmacêutica brasileira. Dito isso, a desaceleração esperada da receita (por exemplo, fraqueza do mercado no quarto trimestre de 2023, CMED mais baixa para 2024) naturalmente não é um bom presságio para a alavancagem operacional, que, combinada com G&A teimosamente elevados e piores premissas fiscais (MP 1.185), deve continuar pesando sobre a lucratividade”, explicam os analistas Leandro Bastos e Renan Prata, em relatório enviado a clientes.
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Ambos mencionam ainda que Raia Drogasil vem sendo negociada a um valuation robusto de 37,1 vezes o Preço por Lucro (P/E) esperado para 2024 e 30,0 vezes o P/E esperado para 2025, “embora surpresas positivas nos lucros pareçam menos prováveis agora do que no passado”, ponderam. Assim, Bastos e Prata consideram que o melhor ponto de entrada para se posicionar na ação pode vir à medida que as expectativas de lucro forem ajustadas para baixo.
O Citi reduziu as estimativas de lucro para Raia Drogasil em 19% para 2024 e em 21% para 2025, refletindo pressupostos de receita e margens mais fracos, bem como o impacto de impostos mais elevados, excluindo de forma conservadora a renúncia ao imposto sobre rendimento, anteriormente ligada a incentivos fiscais na implementação da MP 1.185 a partir de 2024.