A semana, marcada por decisões de política monetária, se encerrou com mais uma leitura que reforçou a percepção de que o início de afrouxamento monetário nos EUA não deve acontecer na reunião de março. Nesta sexta-feira (2), o payroll mostrou uma criação de empregos muito forte, tanto na criação de vagas de janeiro, que veio bem acima do esperado, quanto nas revisões de novembro e dezembro que foram reajustadas para cima. Além disso, a taxa de desemprego permaneceu estável, ao passo que o salário médio por hora cresceu mais do que o previsto.
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Assim, a aposta de que o banco central norteamericano irá iniciar o ciclo de cortes até maio permaneceu majoritária, porém, agora, há agentes no mercado que apostam que este novo ciclo pode ser adiado para o segundo semestre do ano. Em resposta, a sessão foi de fortalecimento do dólar e alta nos rendimentos dos Treasuries (títulos de renda fixa de dívida pública do governo norte-americano). Apesar disso, os índices em NY se sustentaram em terreno positivo, impulsionados pela safra de balanços, com destaque para os números de gigantes de tecnologia e petrolíferas que levaram os índices S&P 500 e Dow Jones para as máximas históricas.
Enquanto isso, no velho continente, as bolsas europeias encerraram a última sessão da semana sem um viés único, em dia que a agenda econômica local foi escassa.
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Por aqui, o bom humor em Wall Street não foi suficiente para direcionar o Ibovespa, tampouco a leitura da produção industrial de dezembro, que avançou 1,1% na leitura mensal, bem acima das projeções. Ao final da sessão o índice tinha queda de 1,01%, cotado aos 127.182 pontos e giro financeiro de R$ 23,6 bilhões.
A pressão vendedora veio na esteira das quedas das cotações dos contratos futuros de minério de ferro e de petróleo, por conseguinte, das ações da Vale (VALE3) e Petrobras (PETR4). Além disso, na curva a termo, a adição de prêmios acompanhou o desempenho dos juros futuros americanos com avanço em praticamente todos os vencimentos e contribuiu para o menor apetite ao risco. Logo, o dólar avançou 1,07% ante o real, e encerrou cotado em R$ 4,97.
Para a próxima semana, destaque para a ata do Comitê de Política Monetária (Copom) – referente a última decisão de política monetária -, volume de serviços e de vendas no varejo de dezembro no Brasil.
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