As bolsas de Nova York fecharam em alta nesta quinta-feira (8), à medida que o salto de mais de 11% da Walt Disney (DISB34), após balanço, se contrapôs à pressão dos Treasuries (títulos de renda fixa de dívida pública do governo norte-americano), que reagiram aos sinais de resiliência do mercado de trabalho nos EUA. Apesar dos ganhos limitados, o S&P 500 chegou a alcançar a inédita marca de 5 mil pontos nos instantes finais do pregão, mas encerrou abaixo desse nível.
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No fim, o índice Dow Jones subiu 0,13%, aos 38.726,33 pontos, enquanto o S&P 500 ganhou 0,06%, aos 4.997,91 – ambos em novos patamares recordes. No pico do dia, o S&P 500 tocou os 5.000,40 pontos. O Nasdaq avançou 0,24%, a 15.793,71 pontos.
Em destaque, a ação da Walt Disney disparou 11,50%, maior avanço desde dezembro de 2020, de acordo com a Dow Jones Market Data. A gigante do entretenimento informou ter ampliado lucro a US$ 1,9 bilhão no trimestre encerrado em dezembro do ano passado, em um resultado que superou previsões de analistas.
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Para o Bank of America (BofA) Securities, o relatório da Disney chamou atenção porque a companhia conseguiu efetuar uma significativa redução de custos e está a caminho de atingir a meta de economias.
No segmento de fabricação de chips, a American Depositary Receipts (ADR) da britânica Arm Holdings saltou quase 50%, após a corporação revelar receita e lucro melhores que o esperado, ao mesmo tempo em que divulgou perspectiva considerada forte.
Na outra ponta, New York Community Bancorp (NYCB) recuou 6,47%, sem conseguir sustentar a recuperação ensaiada na véspera. Investidores seguem preocupados com a exposição do banco ao abalado mercado imobiliário comercial, que gerou um inesperado prejuízo à empresa no quarto trimestre. Na esteira, os maiores nomes do setor também exibiram sinal negativo, entre eles Goldman Sachs (-0,42%) e JPMorgman (-0,36%).
O avanço dos juros dos Treasuries também contribuiu para limitar o ímpeto em Wall Street. O movimento refletiu a queda nos pedidos de auxílio-desemprego nos EUA, que ampliou as apostas ainda minoritárias de que o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) deixará juros inalterados em maio. O presidente do Fed de Richmond, Tom Barkin, reafirmou a mensagem de “paciência” antes de decisão sobre corte na taxa básica.
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