A sessão desta quarta-feira foi de cautela e aversão ao risco para os mercados no exterior. Nos Estados Unidos, a revisão para baixo do PIB (de 3,2% vs. estimativa de 3,3%) e para cima da inflação ao consumidor (de 1,8% vs. estimativa de 1,7%) do quarto trimestre não mudou as expectativas dos mercados.
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Segundo ferramentas de monitoramento, as precificações de que o FED cortará 0,75 pp no acumulado do ano a partir de junho foram mantidas. Neste ambiente, os juros dos Treasuries apresentaram queda, enquanto o dólar se valorizou ante moedas rivais, corrigindo perdas recentes. Já nas bolsas, os índices de Nova York recuaram pressionados por falas de dirigentes do Federal Reserve, com investidores à espera do PCE mensal (de janeiro) que sai amanhã – indicador que deve despertar muito mais atenção, uma vez que as informações podem reforçar o quadro de apostas para o afrouxamento monetário nos EUA. Na Europa, sem grandes direcionadores, os índices encerraram o dia com desempenhos divergentes.
Por aqui, o Ibovespa teve forte queda de 1,16% aos 130.155 pontos, com giro financeiro de R$ 24 bilhões, devolvendo boa parte da alta acumulada na véspera. O índice foi pressionado pelo recuo da Vale de 1,10%, apesar da valorização do minério de ferro nesta madrugada, e principalmente pelo tombo da Petrobras, de 5,16%, na esteira de declarações do presidente da petroleira, Jean Paul Prates, de que a companhia tende a ser mais conservadora na “remuneração aos acionistas”.
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A deterioração do mercado acionário acabou contaminando o real, com forte alta do dólar de 0,75%, cotado a R$ 4,97. Já os juros futuros apresentaram leve viés de alta, praticamente não reagindo à divulgação do resultado do Governo Central em janeiro, que apontou superávit de R$ 79,337 bilhões no mês passado, em linha com as estimativas do mercado.
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