Os retornos dos Treasuries caíram hoje, dia em que os mercados ampliaram apostas num corte de juros pelo Federal Reserve (Fed) em junho. Leituras mistas de inflação, renda, gastos e desemprego dos EUA, bem como falas de dirigentes do Federal Reserve (Fed), corroboraram essa leitura, que vigora como a hipótese mais provável há algumas semanas.
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Às 18h (de Brasília), o juro da T-note de 2 anos recuava a 4,624%, o da T-note de 10 anos caía a 4,244% e o do T-bond de 30 anos baixava a 4,366%. Pela manhã, a publicação de uma série de dados dos EUA – entre eles o índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês), medida de inflação preferida do Fed – pesou sobre os yields ainda pela manhã.
As informações foram mistas, mas os mercados parecem ter focado na desaceleração da taxa anual do PCE, e se agarrado ao alívio de não ter tido nenhuma surpresa inflacionária. A Capital Economics destacou que a inflação veio em linha com o que esperava, e permitirá que o Fed corte juros mais do que os investidores estão precificando. “Por isso, ainda achamos que o juro da T-note de 10 anos vai cair a 4% até o fim do ano”, projetou a consultoria.
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A queda maior que a esperada no índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) do ISM Chicago impôs ainda mais pressão sobre os retornos. À tarde, foi a vez de uma rodada de declarações de banqueiros centrais americanos, que adotaram um discurso praticamente uníssono. No geral, Raphael Bostic, Austan Goolsbee e Mary Daly expressaram otimismo quanto ao alcançamento da meta de inflação, mas indicaram que a luta ainda não foi vencida. Tudo somado, subiu a probabilidade de os juros estarem mais baixos em junho, de acordo com monitoramento do CME Group.