Após uma nova bateria de dados mistos do mercado de trabalho dos Estados Unidos pela manhã, que apoiaram a continuidade do movimento de descompressão de risco observado nos rendimentos dos Treasuries e nova alta das bolsas americanas, a parte da tarde é marcada pela inversão da dinâmica dos juros futuros americanos após falas do presidente do FED.
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Jerome Powell afirmou que o mercado imobiliário residencial americano está em uma “situação muito, muito difícil”, pois a oferta de moradias disponíveis está muito baixa, o que impulsiona os preços. Para ele, assim que a estabilidade de preços for restaurada e o FED reduzir os juros, o mercado imobiliário poderá começar a “se curar”. Durante as falas, os vencimentos longos dos Treasuries inverteram a direção e passaram a subir, enquanto os vértices curtos continuaram sinalizando queda. Já nas bolsas, o movimento observado ainda era positivo.
Na Europa, o Banco Central Europeu optou pela manutenção dos juros no atual patamar, reiterando que manterá a política monetária restritiva pelo tempo necessário e revisou para baixo projeções para inflação e crescimento na região. Em coletiva de imprensa, a presidente do BCE, Christine Lagarde, sinalizou que o início do novo ciclo de afrouxamento monetário na região não deve acontecer antes de meados do ano. Segundo ela, ainda haverá poucos dados disponíveis em abril para avaliar um corte de juros, mas muitos em junho. Por lá, as bolsas encerraram a sessão majoritariamente em alta.
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No Brasil, o Ibovespa se mantém na contramão de Nova York e recuava 0,47% aos 128.284 pontos às 13h47. Em boa medida, o recuo é influenciado pelas ações da Petrobras, que divulga seu balanço trimestral após o fechamento da B3, e em meio à desvalorização do petróleo. Além disso, a falta de notícias internas, sobretudo na parte fiscal, e a espera pela divulgação do relatório de emprego americano, o payroll, deixa o Ibovespa na defensiva e compromete novamente a liquidez da sessão. Em outros mercados, o dólar recuava 0,21% frente ao real, cotado a R$ 4,93, enquanto no juros oscilam mistos, mas próximos da estabilidade.
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