O Itaú BBA ficou com um sentimento contraditório sobre a Prio (PRIO3) após a empresa divulgar seu balanço do quarto trimestre de 2023 e seu relatório de certificação de reservas. Para a casa, os números financeiros ficaram abaixo das estimativas tanto do banco quanto do consenso de mercado, mas o novo relatório de certificação de reservas sinaliza perspectivas positivas para a empresa.
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Segundo o Itaú BBA, o certificado de reservas divulgado na sexta-feira (8), ajuda a ilustrar o desempenho operacional da Prio, mostrando a capacidade da companhia de aumentar as reservas (especialmente em Frade), mas também os atrasos na obtenção de licenças ambientais em 2023.
“No geral, a certificação indica uma diminuição na produção e no capex (investimento) em 2024 devido a atrasos no ano passado, com uma reversão esperada em 2025 com aumento tanto na produção quanto no capex”, avaliou o banco em relatório, destacando que a PRIO pode alcançar um pico de produção e 131 mil barris por dia em 2027, ante o previsto em 121 mil barris por dia, conforme consta no certificado.
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O banco também destacou que no relatório de certificação de reservas, as reservas 1P (provadas) da companhia foram revisadas para 537 mmbbl. valor 2% menor. Ao mesmo tempo, no balanço a PRIO também divulgou ter alcançado outro recorde de baixo custo de lifting cost (custo de extração), para US$ 6,8/barril.
“No geral, o trimestre foi marcado por maiores despesas de comercialização, influenciadas pelo aumento das retiradas de petróleo usando a modalidade ‘entrega ao cliente’ para obter melhores condições comerciais, e despesas administrativas. Esses fatores levaram ao resultado abaixo de nossas estimativas de Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) que estavam em linha com o consenso”, acrescentou o banco.
O Itaú mantém a recomendação outperform (equivalente à compra) para as ações da Prio, com preço-alvo em R$ 58,00, o que representa um potencial de valorização de até 31,5% ante o fechamento da última sexta-feira.