A combinação entre o IPCA-15 acima do esperado e o tom duro da ata do Comitê de Política Monetária (Copom) promoveu a abertura de toda a curva de juros nesta super terça, que também contemplou o boletim Focus e ainda vai contar com os números do resultado primário do governo central.
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Na ata, o Bacen detalhou as elevadas incertezas externas e internas que seguem no radar, com destaque para o efeito do mercado de trabalho na atividade. Com a sinalização mais cautelosa do Banco Central, a precificação da taxa Selic terminal teve um aumento ao longo da manhã, e embora a autoridade monetária tenha reforçado a manutenção do cenário-base, a percepção é de que, se o cenário não mudou ainda, poderá mudar em breve, a depender dos dados de atividade e inflação que estão por vir.
Na bolsa, além do avanço dos juros futuros, as quedas do minério de ferro nesta madrugada e do petróleo também pesam sobre o Ibovespa, sendo compensadas pelo avanço das ações dos grandes bancos. Às 13h37, o índice referência da B3 tinha leve alta de 0,09% aos 127.046 pontos, com avanço do dólar frente ao real de 0,31%, cotado a R$ 4,99.
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No exterior, os mercados acionários dos dois lados do Atlântico exibiam quadro em geral positivo, mas com impulso limitado. Além de notícias corporativas, indicadores eram avaliados, com novo recorde histórico intraday na Bolsa de Frankfurt.
Em Nova York, o índice de confiança do consumidor do Conference Board abaixo do previsto nos EUA não abalou as bolsas, enquanto os juros dos Treasuries mantinham leve viés positivo. No câmbio, o dólar se mantinha estável em relação a outras moedas principais, já o petróleo oscilava entre perdas e ganhos, com as tensões no Oriente Médio ainda em foco.
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