Publicidade

Tempo Real

Juros fecham em alta, com ímpeto moderado pelo câmbio e Treasuries

No mês e no trimestre, a curva ganhou inclinação, sob influência do comportamento dos títulos de dívida dos EUA

Juros fecham em alta, com ímpeto moderado pelo câmbio e Treasuries
Entenda o que é o CDI. Imagem: Envato Elements

O mercado de juros termina a semana com viés de alta em toda a estrutura, embora o movimento seja comportado frente ao visto no câmbio e nos Treasuries nesta quinta-feira (28). A percepção de analistas é de que as taxas já haviam incorporado nos últimos dias um cenário mais conservador e que, assim, os recados nesse sentido dos indicadores do mercado de trabalho e do Relatório Trimestral de Inflação (RTI) já não tinham mais espaço para ressoar nos preços. No mês e no trimestre, a curva ganhou inclinação, sob influência do comportamento dos Treasuries.

O DI para janeiro de 2025 subiu de 9,907% no ajuste de ontem para 9,920%. O janeiro 2026 saía de 9,891% para 9,900%. O janeiro 2027 passava de 10,142% para 10,160%. E o janeiro 2029 avançava de 10,638% para 10,670%.

O dia foi bastante movimento no front ao qual a curva de juros é sensível, embora sem grandes novidades. No RTI, o Banco Central avançou pouco em relação ao que já havia tratado no comunicado e na ata do Comitê de Política Monetária (Copom), reforçando relativa cautela da autoridade e o cenário-base já estabelecido.

Publicidade

Invista em oportunidades que combinam com seus objetivos. Faça seu cadastro na Ágora Investimentos

Assim, a expectativa se deslocou para a entrevista com o presidente do BC, Roberto Campos Neto, e o diretor de Política Econômica, Diogo Guillen. Também, mais uma vez, o tom foi de reforço das mensagens recentes.

Campos Neto destacou que o que o BC entendia sobre a Selic terminal não mudou de forma substantiva e que o debate de diretores sobre a redução do corte da taxa não é especificamente sobre junho.

Já Guillen ressaltou que alguns membros – ao menos dois – entendem que os ganhos salariais estão associados a um mercado de trabalho apertado.

Ontem, o Caged mostrou geração líquida de 306 mil postos de trabalho em fevereiro. Hoje, a Pnad Contínua apontou que a taxa de desocupação de 7,8% registrada no trimestre terminado em fevereiro de 2024 foi o menor resultado para esse período do ano desde 2015, quando ficou em 7,5%.

Publicidade

Agentes do mercado viram, hoje, alguma tendência em ficarem mais conservadores por causa do front externo amanhã. Apesar de não haver negócios nem aqui nem nos Estados Unidos, o presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), Jerome Powell, discursa e o Departamento do Comércio informa a inflação ao consumidor medida pelo PCE.

A cautela tem a sua dose de razão. Em março e no primeiro trimestre, a curva de juros ganhou inclinação por causa das oscilações dos Treasuries – e de renovadas dúvidas sobre quando se dará o início do ciclo de cortes de juros pelos Estados Unidos. O diferencial entre as taxas de janeiro de 2029 e janeiro de 2025, uma medida de inclinação, passou de 5,6 pontos-base na virada do ano para 75,0 pontos-base agora. No mês, subiu 30 pontos.

Web Stories

Ver tudo
<
5 ideias de amigo secreto para não gastar quase nada
10 destinos baratos para passar o Ano Novo
Truque da toalha: aprenda o segredo para refrescar a casa sem ar-condicionado
Vai para a praia no Ano Novo? Faça isso e você vai economizar muito
IPVA 2025: SP divulga datas de pagamento e descontos; confira
Pagamento de boleto via Pix: quando chega e como funciona a novidade?
3 receitas econômicas que vão salvar seu orçamento no fim do mês
Verão 2025: aqui está o segredo para viajar sem estourar o orçamento
Multa por dedo do meio? Descubra valor na nova punição por gestos obscenos ao volante
Quer gastar menos no açougue? Estas carnes são a solução
Passo a passo para saber se eu ganhei o sorteio da Nota Fiscal Paulista deste mês
Isenção do IR até R$ 5 mil pode aumentar seu salário; veja a partir de quando
>