O dólar à vista passou a cair, após os dados americanos divulgados há pouco, enquanto a sinalização de potencial corte nos juros da zona do euro dada pelo BCE pesou contra o euro e a libra mais cedo. A princípio, o dólar subiu refletindo o avanço da curva de juros futuros, diante da alta de 1% das vendas no varejo no país em fevereiro ante janeiro, com ajuste, surpreendentemente bem acima do teto das projeções do mercado (+0,3%).
Nos EUA, o PPI subiu 0,2% em março ante fevereiro, levemente abaixo da previsão (+0,3%), enquanto o núcleo avançou 0,2% em março ante fevereiro, como previsto, o que ajuda a aliviar a correção nos juros e determina a inversão de sinal do dólar, de leve alta para queda, há pouco.
Os pedidos de auxílio-desemprego americano caíram 11 mil na semana, a 211 mil, contra previsão de 218 mil. No início dos negócios, o dólar também foi afetado para cima pela valorização dos juros longos dos Treasuries, cujas taxas de curto e médio prazo perderam força após os dados dos EUA, mas a longa ainda subia.
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Ontem, o forte CPI e a ata do Federal Reserve (Fed) provocaram revisões, de junho pra setembro, na chance de início de corte de juros no país e também apontando no máximo mais dois cortes neste ano, num ciclo total de 50 pontos-base. Os investidores olham ainda a decisão do Banco Central Europeu de manter a taxa de depósito em 4% e a taxa de refinanciamento, em 4,5%.
Agora, as expectativas estão sobre a entrevista da presidente do BCE, Christine Lagarde, para comentar a decisão monetária. Em relação aos dados de varejo locais, as vendas do varejo restrito acumularam crescimento de 6,1% no ano, que tem como base de comparação o mesmo período do ano anterior. Em 12 meses, houve alta de 2,3%.
Quanto ao varejo ampliado – que inclui as atividades de material de construção, veículos e atacado alimentício -, as vendas subiram 1,2% em fevereiro ante janeiro, na série com ajuste sazonal. O resultado veio perto do teto das estimativas dos analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast, que iam desde uma queda de 1,6% a alta de 1,5%, com mediana negativa de 0,9%.
A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) manteve sua previsão de alta na demanda global por petróleo em 2024, em 2,2 milhões de barris por dia (bpd), segundo relatório mensal publicado nesta quinta-feira. Para 2025, o cartel também reiterou sua projeção para a demanda mundial, de acréscimo de 1,8 milhão de bpd. Às 9h50, o dólar à vista caía 0,28%, a R$ 5,0642. O dólar para maio recuava 0,08%, a R$ 5,0740.
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