O Itaú BBA informou nesta quinta-feira (11) que aumentou o preço-alvo da ação da Copel (CPLE6) de R$ 12,00 para R$ 13,30 por ação para o fim de 2024 baseado no aumento do preço de energia e em Juros sobre Capital Próprio (JCP). A cifra representa um potencial de valorização de 38,8% em relação ao fechamento da última quarta-feira (10).
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“A Copel está sendo negociada a uma avaliação muito atrativa (12,2% de TIR) com riscos de execução relativamente baixos, forte crescimento orgânico em distribuição e alguns gatilhos potenciais de curto prazo, como o leilão de reserva que se aproxima”, afirmaram os analistas do banco, em referência ao leilão de reserva de capacidade, cujas diretrizes foram divulgadas em março pelo governo federal e estão sob consulta pública.
O banco disse ter incorporado a nova curva de preços da consultoria Dcide em seu modelo e, com isso, assume agora um preço de energia de longo prazo de R$ 150 por megawatt-hora (MWh) contra uma expectativa anterior de R$ 140 por MWh, o que é relevante dado que a Copel “tem um volume considerável de energia não contratada a ser vendido nos próximos anos”.
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A instituição financeira destacou também que a companhia não está exposta ao processo de renovação das concessões de distribuição vincendas entre 2025 e 2031, que estão em discussão no governo federal. Para o banco, as ações da empresa têm apresentado “desempenho inferior ao setor, o que, em nossa opinião, parece exagerado dado o risco relativamente menor”.
O Itaú BBA citou ainda como pontos positivos a potencial redução de custos, o plano de incentivos para executivos e conselho e ainda ponderou que não vê grandes movimentos de crescimento inorgânico por parte da Copel em 2024. A expectativa é que a empresa não participe do próximo leilão de transmissão nem anuncie novos projetos de renováveis.
“A Copel está priorizando o forte crescimento orgânico no negócio de distribuição, com um grande desembolso de capex esperado para os próximos anos. Vemos o processo de desalavancagem acelerando a partir de 2026”, reforçaram.
O único ponto de atenção citado foi o aumento de incertezas, ao longo das últimas semanas, em relação à venda da Compagas, que vem sendo vocalizada pelo comando da companhia desde a privatização. Segundo o banco, a empresa recebeu as primeiras propostas, mas decidiu esperar por uma com termos melhores. Uma decisão deve ser tomada até o fim do semestre.
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