O dólar se valorizou nesta terça-feira (7) ante outras moedas principais, apoiado por declarações do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA). O euro, por sua vez, caiu após dado fraco da indústria da Alemanha, embora o varejo da zona do euro tenha mostrado ganho conforme esperado por analistas.
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No fim da tarde em Nova York, o dólar subia a 154,67 ienes, o euro recuava a US$ 1,0757 e a libra tinha baixa a US$ 1,2510. O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de moedas fortes, registrou alta de 0,34%, a 105,412 pontos.
Entre dirigentes do Fed, o presidente da distrital de Minneapolis, Neel Kashkari, afirmou que, caso a inflação siga no nível atual, com o crescimento econômico e o mercado de trabalho fortes, o BC americano não deveria mexer nos juros. Durante entrevista à Bloomberg TV, ele ponderou que, caso a inflação desacelere, pode defender cortes, mas também acrescentou que, caso ela suba, pode ser necessário elevá-los.
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Kashkari afirmou, de qualquer modo, que a “barra estaria elevada” para uma alta nestes momento, mas deixou as opções em aberto.
Em artigo publicado mais cedo, o mesmo dirigente havia comentado que elevou sua previsão para a taxa neutra dos juros, de 2,0% a 2,5%.
Em outro evento, disse que o relatório mensal de empregos (payroll) de abril foi mais fraco que o esperado, mas avaliou que o emprego no país ainda mostra força. As declarações de Kashkari, sobretudo na entrevista no começo da tarde, ajudaram a apoiar o dólar hoje. O dirigente não descartou novas altas nos juros, mas disse que o que espera de fato é manutenção no nível atual por mais tempo.
O euro, por sua vez, caiu em meio a dados da região. As vendas no varejo da zona do euro cresceram 0,8% em março ante fevereiro, como previsto por analistas ouvidos pela FactSet. Já as encomendas à indústria da Alemanha caíram 0,4% na mesma comparação, quando analistas previam corte de 0,1%.
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Entre dirigentes do Banco Central Europeu (BCE), Pablo Hernández de Cos afirmou que o BC poderia cortar juros em junho, caso não ocorram surpresas para cima na inflação da zona do euro. Joachim Nagel, por sua vez, previu que haverá flexibilização nos juros adiante, sem se comprometer com datas, mas ponderou que eles devem seguir acima do nível pré-pandemia.