Os juros dos Treasuries (títulos de renda fixa de dívida pública do governo norte-americano) avançam nesta quinta-feira (16), após dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) reforçarem tom rígido e dado dos EUA indicar resiliência do mercado de trabalho.
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No fim da tarde, o juro da T-note de 2 anos valorizava a 4,795%, o da T-note de 10 anos subia a 4,377% e o do T-bond de 30 anos avançava a 4,516%.
Os rendimentos americanos operavam em baixa nesta madrugada, estendendo as perdas registradas nos últimos três pregões consecutivos. No entanto, os juros dos Treasuries ganharam fôlego, depois que o Departamento do Trabalho dos EUA informou queda nos pedidos de auxílio-desemprego. Para o Jefferies, o dado indica quadro ainda forte do mercado de trabalho.
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O avanço dos rendimentos firmou-se logo em seguida, apoiado também por comentários de dirigentes do Fed. Comentando sobre o CPI de ontem, Tom Barkin (Richmond) considerou que o resultado segue fora do objetivo desejado pelo BC americano. John Williams (Nova York) avalia que os números são insuficientes para permitir corte de juros, apesar da leitura positiva.
Loretta Mester (Cleveland) alertou que será necessário mais tempo para que os dirigentes ganhem confiança no processo de desinflação, após os dados decepcionantes do primeiro trimestre, sinalizando preocupação com a lentidão na queda dos preços. Isto impulsionou os juros a renovar máximas intraday.
Para o BMO, a postura do Fed é “bastante clara”: não haverão aumentos e os cortes serão adiados até que os dirigentes sejam convencidos de que a inflação foi controlada ou que há aumento no desemprego. “Por enquanto, nenhuma dessas condições foi atendida e, portanto, nenhuma mudança na taxa está no horizonte imediato”, afirmou.