Após uma sequência de dias mais positivos, a semana vai chegando ao fim em meio à redução nas expectativas de cortes de juros por parte do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) – especialmente depois que o presidente da distrital de Atlanta, Raphael Bostic, reforçou que precisam ser pacientes em seu próximo passo.
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Nesse ambiente, as principais bolsas europeias recuam, acompanhando as quedas observadas nas ações da Ásia durante a madrugada, enquanto os índices futuros de Nova York operam com fôlego limitado – mas ainda apresentando um viés positivo.
Em outros mercados, os rendimentos dos Treasuries (títulos da dívida estadunidense) têm baixa moderada, o dólar oscila em torno da estabilidade, após quatro altas seguidas, os contratos futuros do petróleo caem, mesmo depois de atingir seu nível mais baixo em mais de três meses na última quinta-feira, com sinais de fraqueza da demanda global.
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Enquanto isso, os preços futuros do minério de ferro avançaram e ultrapassaram os US$ 120 a tonelada em Singapura, refletindo as expectativas mais positivas sobre a China – o presidente Xi Jinping, por exemplo, pediu mais medidas para remodelar o setor imobiliário e reformas mais profundas de setores-chave da economia.
Apesar de os índices em Nova York continuarem (levemente) no campo positivo, esse movimento pode ser insuficiente para apoiar o desempenho dos ativos locais, especialmente se considerarmos a persistente queda do petróleo pelo quinto dia seguido.
Além disso, o risco fiscal e dúvidas sobre eventual mudança nas metas de inflação devem manter os prêmios na curva de juros, limitando uma recuperação forte e sustentada do Ibovespa no curto prazo – em junho, por exemplo, o Conselho Monetário Nacional precisará confirmar a meta de 2025 e 2026, além de fixar a de 2027, caso o decreto com a alteração do regime não seja publicado.
Agenda econômica
Brasil: O Banco Central (BC) divulga o saldo da conta corrente e o resultado da conta corrente e do investimento direto no País (IDP) de abril (8h30), para o qual o mercado prevê déficit de US$ 1,10 bilhão em abril (mediana), após saldo negativo de US$ 4,579 bilhões em março. Para o IDP, a mediana indica entrada líquida de US$ 4,65 bilhões, ante saldo positivo de US$ 9,591 bilhões em março.
Entre os eventos do dia, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto (14h), e o diretor de Assuntos Internacionais e de Gestão de Riscos Corporativos, Paulo Picchetti, proferem palestra em seminário do FGV IBRE. O Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reúne-se com o presidente da Anfavea, Márcio de Lima (10h), e concede entrevista ao jornal francês Le Monde (16h).
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Por fim, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participa de eventos em Araraquara (SP) pela manhã e da inauguração da planta industrial de etanol de segunda geração (E2G) da Raízen (RAIZ4), em Guariba (15h).
EUA: A Universidade de Michigan informa a leitura final de maio do índice de sentimento do consumidor e das expectativas de inflação (11h). Também será publicado o dado de encomendas de bens duráveis em abril (9h30).
Europa: O diretor do Fed, Christopher Waller, discute taxa neutra de juros em evento do Banco Central da Islândia (10h20) e, na Itália, acontece a reunião de Ministros de Finanças e presidentes de Bancos Centrais do G7 (grupo dos países mais industrializados do mundo, composto por Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido).
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