O Itaú BBA reforçou o otimismo em relação à Embraer (EMBR3). Mesmo com a alta próxima de mais de 100% nas ADRs (American Depositary Receipt) da companhia em 12 meses, ainda vê espaço para ganhos. Com isso, o banco manteve a recomendação ‘outperform’ (correspondente à compra), com preço-alvo de US$ 36, potencial alta de 23% ante o fechamento mais recente, da última sexta-feira (24).
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“Consideramos que a assimetria (de preço) é menos óbvia agora, justificando nosso otimismo mais cauteloso. No entanto, não vemos perturbação no forte ímpeto que tem beneficiado os papéis até o momento”, afirma o analista Daniel Gasparete.
Ele destaca que, em termos de valuation (valor do ativo, cálculo em que é possível estimar o preço mais provável do ativo ou empresa em dado momento), a ação segue sendo negociada 15% abaixo da média histórica ao considerar valor da empresa/backlog. No critério valor da empresa/Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) estimado para 2025, o desconto é de 50% ante Boeing e Airbus, seus principais pares. “Embora esta lacuna não deva ser completamente eliminada, o atual ambiente competitivo deverá favorecer a Embraer, também justificando nossa recomendação por enquanto”, afirma Gasparete.
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Entre os impulsos, o analista do Itaú BBA cita a expectativa de que os pedidos para aviação comercial continuem a chegar para a Embraer, enquanto os principais concorrentes enfrentam gargalos de produção. A projeção também é otimista para a rentabilidade, que deve continuar melhorando, com espaço para a indústria aumentar preços.
Além disso, Gasparete projeta que o fluxo de caixa livre (FCF, na sigla em inglês) continue a acelerar, potencialmente se traduzindo em dividendos. Na lista de fatores positivos, entra ainda a expectativa de que a disputa judicial com a Boeing se encerre no segundo semestre de 2024. “O segmento de Defesa e a subsidiária Eve também são diferenciais para a tese de investimentos”, complementa.